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Romário e Túlio: veteranos que resolvem

Por Agencia Estado
Atualização:

Juntos, Túlio e Romário somam 74 anos. Apesar da longevidade, eles mostraram na segunda rodada da Taça Rio que, diante da escassez de talento no futebol carioca, ainda podem decidir jogos e são as estrelas máximas de suas equipes. Em comum entre ambos, o gosto pelo marketing pessoal e a vice-artilharia no Campeonato Carioca, com 5 gols, um a menos do que o também veterano atacante Sorato, do Madureira. Com categoria ímpar para deixar sua marca, Romário foi decisivo na vitória do Vasco sobre o Fluminense, seu ex-clube, por 2 a 1, domingo, no Maracanã. Ele fez o segundo gol da equipe da equipe de São Januário e, de quebra, assegurou a permanência de Joel Santana no cargo de treinador. Antes do início do clássico, Túlio roubou a cena no Estádio da Cidadania, que estava lotado. Ele fez, de pênalti, a um minuto do fim do tempo regulamentar, o segundo gol do Volta Redonda no triunfo sobre o Flamengo, por 2 a 1. Empolgada, a torcida entoou o nome do ídolo e, em seguida, gritou "é campeão", em referência ao título na Taça Guanabara - primeiro turno do Carioca. Como de costume, Romário passou boa parte do jogo de domingo sem tocar na bola. Pouco se movimentou também, o que não é novidade há pelo menos três temporadas. Mas quando tem liberdade e fôlego, e o passe chega até ele, consegue dar mostras do talento que o consagrou mundo à fora. Romário ainda teve um golaço no jogo, bem anulado pelo juiz, quando encobriu o goleiro Kléber, de fora da área. Estava claramente impedido. A oportunidade que desejava não tardaria e ele a não desperdiçou. Após falha do zagueiro Antônio Carlos, Allan Dellon deu passe para Romário, de bico, com categoria, chutar a bola no canto esquerdo do goleiro Kléber, que nada pôde fazer. Magoado por ter sido dispensado do Fluminense em 2004, fez gestos à torcida tricolor, pedindo que fizesse silêncio - atitude comum em sua carreira marcada por muitas polêmicas. Outro no páreo pela artilharia, Túlio incomodou bastante a zaga rubro-negra. No primeiro tempo, ele fez uma boa jogada individual - driblou dois adversários - e foi seguro por Fabiano pela camisa dentro da área. Era o segundo pênalti ignorado pelo árbitro Wagner Tardelli. No intervalo, o atacante esbravejou. "Agarrou é pênalti. A regra é clara". Na segunda etapa, acertou uma bela cabeçada (a bola bateu no travessão), deu um chute que passou rente à trave e, quase no fim, quando parecia que o jogo terminaria empatado, sua estrela brilhou. Ele foi empurrado pelo zagueiro Júnior Baiano na área rubro-negra e o juiz, atento, marcou a infração. Cobrou bem e, como de hábito, correu em direção à câmera de televisão para mandar um beijo para sua esposa.

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