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Ronaldinho atrai multidões no RS

Presença do melhor jogador do mundo em Porto Alegre está agitando a cidade gaúcha. Até mesmo um jogo beneficente promete invasão de torcedores tanto colorados como gremistas.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de receber a medalha Negrinho do Pastoreio do governo gaúcho e falar com a imprensa na tarde de terça-feira, o melhor jogador do mundo em 2004, Ronaldinho Gaúcho, voltou à reclusão na sua casa na zona sul de Porto Alegre, nesta quarta-feira. Para a noite, no entanto, ele havia programado participar do jogo anual do Trianon, no qual exibiria o talento que o fez ser reverenciado em todo o planeta e desta vez sem o perigo de sofrer marcação pesada dos zagueiros. A partida festiva e beneficente organizada pelo cabeleireiro Nei Oliveira sempre no período de descanso de fim de ano dos jogadores não permite entradas duras. Tanto que o juiz Carlos Eugênio Simon nem usaria os cartões amarelo e vermelho. A compra antecipada de ingressos antecipava que, desta vez, o Estádio Beira-Rio teria público de decisão de campeonato. O jogo do Trianon costuma contar com os melhores do futebol gaúcho e alguns craques convidados. Até o final da tarde estava confirmada a participação de Ricardo Oliveira, Denilson, Marcos Assunção, Edu (Espanha), Roger, Claiton (Japão), Lúcio, Ailton (Alemanha), Danrlei (Atlético-MG), Diego (Atlético-PR), Régis (Cruzeiro), André, Bolívar, Chiquinho, Edinho, Vinícius, Tinga (Internacional), Leanderson, Marcelinho, Cláudio Pitbull (Grêmio), Paulo Baier (Goiás), Neto (Juventude) e dos ex-jogadores Dunga e Assis, irmão de Ronaldinho. Os jogadores seriam divididos em dois times e entregues à orientação dos treinadores Ivo Wortmann e Nei Oliveira. A notícia de que Ronaldinho ia jogar provocou uma grande procura pelos 40 mil ingressos colocados à venda ao preço único de R$ 5. Gremistas ainda ressentidos com a perda do craque, que deixou o clube em 2001, estavam ansiosos por rever os dribles e lançamentos do jogador. "Não gostei do que ele fez com o Grêmio, mas preciso vê-lo de novo, ao vivo, porque ele tem um talento incomum", resumia o comerciante Juarez Bambona. Para os colorados o ressentimento é diferente. Eles sofreram com as diabruras de Ronaldinho entre 1997 e 2001, mas agora podem admirá-lo sem constrangimentos. "É um supercraque", justificava o estudante Lourenço Bariart, vestido com a camiseta do Internacional. Nos dias que passou em Porto Alegre, Ronaldinho Gaúcho só saiu para dois compromissos públicos, a cerimônia em que foi homenageado no Palácio Piratini e o jogo do Trianon. E usou o resto do tempo para ficar com a família e os amigos das peladas e das rodas de samba na Vila Nova e na Restinga, bairros populares da zona sul da capital. Com o grupo Samba Tri chegou a exibir seus dotes com o pandeiro, acompanhando a exibição da música Goleador, em sua homenagem, diante do governador Germano Rigotto. Depois anunciou que vai criar um programa de responsabilidade social em 2005, que vai treinar mais e mais para ganhar muitos troféus e que casar e ter muitos filhos está nos seus planos para o futuro.

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