PUBLICIDADE

Ronaldo aceita o convite de Scolari

O atacante disse que adoraria se juntar ao grupo da seleção, mas avisou que ainda precisa conversar com o técnico e pedir a liberação da Inter da Milão.

Por Agencia Estado
Atualização:

Surpreso e feliz por ter sido ?convocado? pelo técnico Luiz Felipe Scolari para treinar junto com a seleção brasileira, o atacante Ronaldo disse que aceita o convite. Ele, no entanto, pretende conversar com Felipão para saber o que o treinador espera dele. Afinal, o jogador da Inter de Milão ainda está se recuperando de uma cirurgia no joelho direito, realizada em abril do ano passado, e precisa cumprir uma programação especial de treinamento. Além disso, há a necessidade de pedir a liberação ao clube italiano. ?Gostaria muito de estar com o grupo, mas preferia estar jogando para poder ajudar mesmo a seleção?, afirmou Ronaldo, que espera ter uma conversa com Felipão para definir se irá ou não se juntar aos 22 jogadores que começam a treinar no dia 18, na Granja Comary, em Teresópolis. ?Tenho uma programação de treinos e não muda nada fazer sozinho ou com os companheiros. Mas tudo depende do que o treinador deseja de mim?, explicou o jogador. Apesar de já estar clinicamente liberado para jogar, Ronaldo revelou que não tem condições de disputar a Copa América, de 11 a 29 de julho, na Colômbia. A Inter programou o seu retorno somente para agosto. Até o próximo dia 10, Ronaldo está em férias, mas continuará com os exercícios para se recuperar fisicamente. No dia 11, o atacante segue para a Itália, onde fará a pré-temporada com uma parte do elenco da Inter. Seis dias depois, ele começa a treinar com o grupo inteiro da equipe italiana. A tendência é de que Ronaldo fique alguns dias na Granja e depois retorne ao Rio. O seu fisioterapeuta particular, Nílton Petrone, o Filé, acredita que não há problema no fato de o jogador treinar com a seleção. Segundo ele, ao serem previamente consultados, os médicos da Inter aprovaram a iniciativa. Ronaldo fez elogios ao novo treinador da seleção, repetindo o que havia dito ao desembarcar no Rio. Ele também considerou normal a demissão de Emerson Leão. "A CBF tinha de tomar uma providência. A coisa estava cada vez pior", avaliou. Apesar disso, ele isentou Leão de culpa pela má fase da equipe brasileira. "No futebol é assim, se vai mal, tem que mudar." Ciente de sua importância para a seleção, Ronaldo acredita que a sua presença será benéfica para os outros jogadores do grupo. "Nesse momento, a minha presença representa tranqüilidade para os outros", explicou. Até porque, lembrou o atacante, a última conquista do Brasil foi quando ele estava jogando - Copa América de 2000. "Na Inter, por coincidência, também foi assim. O time começou a ter resultados ruins quando não pude jogar." Sobre a sua volta à seleção em jogos oficiais, o que deve acontecer em agosto, Ronaldo disse não temer a pressão. "A melhor forma de ajudar a seleção é fazendo gols", disse ele, que afirmou esperar reeditar a dupla de ataque com Romário. Durante parte da entrevista coletiva, Ronaldo estava com apenas metade do cabelo raspado. "A minha contribuição para o apagão é de 50%", brincou ele, que depois acabou de raspar o cabelo. Festa - Ronaldo revelou que já sugeriu à Inter que organize um amistoso, no começo de agosto, para marcar o seu retorno aos gramados. A idéia do atacante é fazer uma partida contra a Juventus, do francês Zidane, que, assim como o brasileiro, é embaixador da ONU. Assim, toda a renda do evento seria destinada à entidade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.