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Ronaldo poupa Pelé e critica Romário

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Por Agencia Estado
Atualização:

Ronaldo provocou polêmica recentemente ao contestar o número de gols de Pelé pela Seleção Brasileira. Dissera que muitos dos tentos assinalados pelo rei do futebol não eram tão importantes, porque resultaram de jogos com combinados ou contra clubes. Houve repercussão e as declarações de Ronaldo soaram mal. Nesta terça-feira, depois de a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgar que o atacante do Real Madrid ultrapassou Romário como artilheiro da seleção em partidas contra seleções nacionais - com os dois gols do confronto com a Venezuela, Ronaldo passou a somar 56, enquanto Romário tem 55 -, o craque adotou discurso conciliador e respeitoso com relação a Pelé. No entanto, Ronaldo deu uma leve estocada em Romário, ao comentar entrevista recente do atacante do Fluminense, na qual se declarou o maior nome surgido no futebol brasileiro depois do período de Pelé. "Um jogador se autotitular assim é pretensão demais." Ronaldo foi elegante com Pelé, o tempo todo, nos 25 minutos que dispensou para atender a imprensa, nesta terça à tarde, em Maceió. "Vou querer sempre fazer o melhor. Se puder encostar no Pelé, será motivo de grande orgulho, pois trata-se do maior jogador da história mundial. Mas quero pensar em cada jogo que vier a disputar, sem essa preocupação." Ronaldo referia-se às estatísticas da CBF. Computados os gols de partidas contra seleções nacionais, combinados, clubes e seleção olímpica, Pelé continua como artilheiro disparado do Brasil, com 95. Seguido por Romário, autor de 70 gols e de Zico, com 67. Ronaldo entra nessa lista como quarto colocado. Marcou até agora 65 vezes e está bem próximo de superar o maior ídolo da história do Flamengo. "Como falei, penso em jogar bem e fazer os gols. Vou para campo com esse objetivo. Depois, gosto de conferir os números. Se der para bater recordes, ótimo. Não pretendo ser melhor que o Pelé. Quero ser o Ronaldo. Cada um na sua." COLÔMBIA - O artilheiro não quis se estender em comentários sobre o adversário desta quarta-feira, no Rei Pelé. Procurou desviar o assunto quando perguntado sobre algumas características do time da Colômbia. Quis assim dar ênfase à seleção brasileira. "Não costumo analisar o time que vamos enfrentar, nem ficar preocupado com isso. Se a seleção jogar o que sabe, com vontade e aplicação, não tem quem consiga nos vencer", disse. Logo depois, fez uma ressalva, para não parecer que estava declarando o Brasil como insuperável no futebol. "Nem sempre é assim. Não basta querer; às vezes as coisas não saem como a gente espera. Temos uma grande equipe, talvez a melhor do momento, mas não somos imbatíveis." Ronaldo defende uma estratégia para o Brasil vencer a Colômbia e permanecer na liderança das Eliminatórias do Mundial de 2006: que o time faça uso da técnica e da habilidade, quando algum jogador estiver diante de apenas um marcador. Ele considera essa virtude, a do drible, o diferencial da seleção. "No mano a mano, é preciso explorar nosso talento." Ele deixou a humildade de lado no final da entrevista, ao ser questionado sobre que meia ou zagueiro do mundo conseguia marcá-lo com eficácia. "Não tem nenhum não. O problema, aliás, é de quem está do outro lado. A tarefa deles é muito pior."

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