Roth tem que montar quebra-cabeça

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um goleiro (Marcos) empolgado por ter sido convocado para a seleção brasileira, um meia talentoso (Alex) tentando disfarçar a frustração de ficar fora da lista e um técnico (Celso Roth) precisando deixar de fora do banco de reservas uma de suas opções de ataque por força do regulamento do Campeonato Paulista. Esse é o retrato do time do Palmeiras que entra em campo amanhã (21) em Mogi-Mirim, às 16 horas, para enfrentar o Mogi. Outro fato curioso é que, a duas rodadas do final da fase de classificação, o Palmeiras, com 18 pontos ganhos, tem remotas chances tanto de se classificar como de ser rebaixado à segunda divisão. Sem Basílio, Claudecir, Fernando (machucados), Daniel e Paulo Turra (suspensos), Roth tem problemas para definir a equipe, principalmente o ataque. A solução lógica, para não alterar radicalmente o esquema de jogo, seria escalar o colombiano Muñoz ao lado de Fábio Júnior. O problema é que, de acordo com o regulamento do campeonato, cada equipe pode relacionar para a partida e o banco de reservas um máximo de quatro jogadores cujos passes foram emprestados ao clube. Nessa situação, o Palmeiras tem Alex, Fábio Júnior, Felipe, Muñoz e Tuta. Os três primeiros são titulares. Caso escale Muñoz, Roth não poderá deixar Tuta, um jogador útil, sequer no banco de reservas. O técnico também costuma dizer que Fábio Júnior e Tuta, por suas características, não podem atuar juntos na equipe. Uma solução seria a escalação de Juninho no ataque, com Tuta na reserva e Muñoz fora do banco. ?Ele (Roth) é quem decide, mas essa é a oportunidade de provar que eu e o Fábio Júnior podemos jogar juntos?, pressiona Tuta. As chances de classificação são remotas, mas existem. O Palmeiras precisa golear Mogi, hoje, o União São João no próximo final de semana, e torcer contra uma improvável série de resultados. Se perder os dois jogos, e Matonense, Guarani e Internacional vencerem as duas partidas, o time ficará entre os últimos colocados, na zona de rebaixamento. De volta à seleção brasileira após oito meses de afastamento, o goleiro Marcos tem consciência da responsabilidade que aguarda o time na próxima quarta-feira, contra o Peru. ?Temos de respeitar o Peru como a qualquer adversário, mas jogando em casa, no Morumbi, não podemos deixar de ganhar os três pontos.? O meia Alex procurou não demonstrar frustração. Mas foi difícil. ?Eu coloquei na cabeça que não seria convocado?. Ele pode marcar hoje o 70º gol com a camisa do Palmeiras (tem 69). ?Eu nem sabia disso?, confessou.

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