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S. Caetano utiliza argumento moral

Por Agencia Estado
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Campeão paulista da Série A2, vice-campeão do Módulo Amarelo da Copa João Havelange, da qual seria vice-campeão na final contra o Vasco, representante do País na Taça Libertadores da América e atual vice-líder do Campeonato Paulista. Em apenas 11 anos de história, o São Caetano tem colecionado uma série de conquistas, digna de provocar inveja em clubes mais tradicionais. A história de sucesso, aliada à indiscutível simpatia que o clube despertou na população - a velha história do pequeno lutando contra os grandes -, vem servindo como base de sustentação dos argumentos daqueles que defendem a inclusão do time do ABC na elite do futebol brasileiro. "A insatisfação da opinião pública é grande. Estamos preocupados e sensíveis ao problema. Não vejo com bons olhos São Caetano e Juventude fora da competição", confessou o ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles, na quinta-feira. O detalhe é que o São Caetano teve de recorrer a argumentos morais para pleitear sua vaga na Primeira Divisão do Nacional. Seus defensores alegam que o Azulão, por ser vice-campeão da Copa João Havelange e atual representante brasileiro na Libertadores, teria o "direito" de disputar o Brasileiro entre os principais times. Juridicamente, porém, a argumentação não tem nenhum peso. O único argumento ao qual os paulistas poderiam apegar-se, no caso de recorrerem à Justiça, seria o fato de equipes como Fluminense, Bahia, Botafogo e América-MG terem sido incluídas na disputa sem contar com amparo legal. "Se eles podem, por que o São Caetano não pode?", seria a questão central. A posição seria a de direitos iguais para todos: se for para ficar fora, o Azulão fica, desde que os clubes citados sigam o mesmo caminho. Mas no momento em que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acata esse tipo de posição, abre-se um precedente para que outros clubes brasileiros também se sintam no direito de participar. Afinal de contas, se cinco equipes que não têm o direito legal de estar no campeonato foram incluídas, por que não o Ceará, Malutron, Rio Branco, Matonense, América-RJ.

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