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Sabella: 'Argentinos pensam ser melhores do que são'

Em entrevista nesta sexta-feira, em Brasília ,o técnico confirmou o esquema de 3 atacantes, mas não revelou a escalação do time

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Por Redação
Atualização:

O técnico argentino Alejandro Sabella fez uma análise do jeito de ser dos argentinos ao ser questionado sobre a partida contra a Bélgica, válida pelas quartas de final da Copa do Mundo, neste sábado, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O treinador afirmou que, em geral, os argentinos têm uma visão exagerada sobre sua própria condição. "Os argentinos pensam que são melhores do que realmente são", afirmou o treinador em entrevista coletiva nesta manhã de sexta-feira no local da partida. "Às vezes, esse comportamento é bom, às vezes é ruim. Tem dois lados." O treinador fez o comentário ao ser questionado sobre a expectativa do país de sempre chegar à final do Mundial. O coordenador de seleções, Carlos Bilardo, costuma dizer que a Argentina pensa em jogar os sete jogos da Copa e chegar à decisão sempre que começa o torneio. Sabella não respondeu, no entanto, se a equipe atual estaria sendo superestimada. "Quando eu era pequeno, diziam que nós éramos os melhores do mundo, mas nem tínhamos conquistado o Mundial ainda", exemplificou o treinador. "É um traço cultural. É nosso jeito de ser", definiu. A Argentina encara o jogo deste sábado como uma chance de quebrar um importante tabu. Nas duas últimas Copas, a equipe foi eliminada nas quartas de final, exatamente a fase que disputa agora. Além disso, desde 1990, quando foi vice-campeã, a equipe argentina não chega às semifinais. "Se não conseguirmos vencer, obviamente teremos um sentimento de frustração. Temos a fé e a confiança de que vamos seguir à frente na competição", afirmou o treinador.

A Argentina enfrentará a Bélgica pelas quartas de final Foto: Martin Bureau/AFP

A escalação para o jogo deste sábado não foi confirmada oficialmente, mas Sabella já antecipou que o esquema com três atacantes será mantido. A principal dúvida é a presença de Lavezzi na equipe. Contra a Suíça, ele teve participação apenas regular. Quando foi substituído por Rodrigo Palacio, a equipe melhorou e conseguiu a vitória. Foi o próprio Palacio que iniciou a jogada do gol. "Para aqueles que acham que a seleção tem muitos volantes, Palacio, que é um atacante, roubou a bola como volante. Mais importante que volantes e atacantes, é ocupar espaços", afirmou.

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