Publicidade

Santista conta com torcida importada

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Foi fácil identificar a legítima torcida da Portuguesa Santista no Morumbi, nesta quinta-feira à noite. Atendia pelo nome de Rafael Batalha, 21 anos, estudante de jornalista e, ironicamente, ex-são-paulino. Os outros seis torcedores eram ?importados" de outros clubes, que vieram prestar solidariedade contra o São Paulo. ?Acho que se a gente procurar em Santos vai achar uma meia dúzia", admitiu o ilustre torcedor. Batalha admite: torcer para a Briosa tem suas vantagens. ?Como a nossa torcida é pequena, sempre que o time faz gol as TVs mostram a gente e todo mundo nos reconhece." O estudante conta que, quando criança, era são-paulino por influência da família, mas assistia aos jogos da Santista, que então estava na terceira divisão. ?Somente em 1996, quando a Portuguesa subiu, é que deixei de torcer para o São Paulo para torcer só para ela." Outra vantagem, segundo Batalha é a proximidade com os ídolos. ?No último jogo em Santos fomos comer pizza com os jogadores. O Dinei cobrou que jogador da Santista tem de pintar o cabelo de louro igual o dele." O time, segundo o estudante, conta com uma velha guarda que, quando o jogo está entediante, se diverte jogando tremoços nos jogadores adversários que vão ao Ulrico Mursa. Mas nem tudo é festa. ?Um PM me proibiu de torcer em Santa Bárbara e no jogo contra o Santos levei uma pedrada na nuca." Os momentos de violência, segundo Batalha, são poucos. "Geralmente somos tão poucos que a torcida adversária tem pena da gente." Dos momentos de emoção, o torcedor lembra quando o time escapou do rebaixamento nos pênaltis no Campeonato Paulista do ano passado e quando a torcida ?tocou terror" na estréia do Paulista, na Rua Javari, contra o Juventus. ?Estávamos em nove pessoas: eu, meu pai, meu irmão, mais meu amigo aqui o pai e os irmãos." Os ?importados" admitiram que contaram com uma patrocinadora: a advogada santista Joaquina Siqueira. ?Para ser sincero, a gente só veio porque ela pagou", contou o office-boy Eriton André ao lado dos quatro colegas, todos torcedores do Santos. Mas a torcida, segundo ele, é sincera, especialmente contra o São Paulo. ?A Briosa tem de ser campeã este ano."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.