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Santista sofre na fila e com indiferença

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Por Agencia Estado
Atualização:

A ausência de Robinho e a desorganização da venda dos ingressos para o jogo de domingo, contra o Vasco, diminuíram o entusiasmo dos torcedores pela presença do Santos em São José do Rio Preto. Nesta quinta-feira à tarde, cerca de 100 pessoas recepcionaram o elenco no aeroporto local - metade do que nas duas vezes em que o time atuou na cidade, nas goleadas por 5 a 0 sobre o Fluminense e 5 a 1 no Grêmio. Também houve grande decepção pela proibição do contato com os ídolos. Muitos torcedores vieram de outras cidades, como Ribeirão Preto, Araçatuba e Presidente Prudente, mas devido ao esquema de isolamento, o máximo que conseguiram foi um aceno, de longe , dos atletas. " Por isso, as pessoas vieram em número bem menor desta vez", afirmou Pedro Amaral, de 20 anos. " Já que o pessoal não pode falar com os jogadores, prefere ir direto aos treinos, no estádio, ou tentar alguma coisa no hotel". Para alguns, porém, o público local ficou um pouco desmotivado pelo fato de o principal astro da equipe, o atacante Robinho, não estar com a delegação. " Muita gente vem só para ver o Robinho", contou o santista Devair Marchiori, de 57 anos. " É o mesmo que acontecia na época do Pelé, quando os torcedores iam aos jogos mesmo os que não torciam pelo Santos, só para assisti-lo." Com mais de uma hora de atraso, às 15h15 o avião FK-50 da Ocean Air, vindo da Base Aérea do Guarujá, chegou ao aeroporto Professor Eribelto Manoel Reino. Os santistas desceram do avião, caminharam rapidamente por alguns metros e entraram no ônibus, que os aguardava perto da pista. Por razões de segurança, o grupo não utilizou o saguão de desembarque, como os outros passageiros, e sim um portão lateral reservado apenas para aviões monomotores e de carga. Saldado por alguns rojões, o grupo foi direto para o Hotel Michelangelo , um dos mais luxuosos da cidade, onde ficará hospedado até Domingo. O meia Preto Casagrande foi o único que parou para acenar e retribuir o carinho dos torcedores. " Essa recepção nos motiva, é muito bom quando nosso trabalho é reconhecido" comentou. BAGUNÇA - Mas a frieza dos jogadores do Santos não foi nada diante do sufoco que os torcedores passaram para tentar comprar os últimos ingressos para o jogo contra o Vasco. A exemplo de terça feira, enormes filas se formaram nas bilheterias do estádio Benedito Teixeira. Muitas pessoas ficaram revoltadas quando souberam que os bilhetes tinham se esgotado, depois de ficarem 40 minutos em pé. " Restavam apenas 150 ingressos e havia mais de 2 mil pessoas na fila" , disse um torcedores que não quis se identificar. "Somente duas bilheterias estavam funcionando e na hora em que havia mais gente para comprar, uma das atendentes simples mente saiu para almoçar". Diante do tumulto, a Polícia Militar teve que intervir para evitar confusão ainda maior. No entanto, não conseguiu impedir a ação dos cambistas, que chegaram a cobrar de R$ 50,00 a R$ 100,00, por uma arquibancada.

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