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Santistas terão 100 mil apitos no Morumbi

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de muitos santistas ficarem sem ingressos para a final desta quarta-feira contra o Boca Juniors, a festa armada pelos torcedores está mais do que de pé. Não os desanimou nem mesmo a tentativa frustrada dos membros das uniformizadas junto ao 2º Batalhão de Choque da PM para liberação da entrada de mastros de bambu e papel higiênico. Os artefatos proibidos serão substituídos por 100 mil apitos, 30 mil flâmulas e 50 mil faixas com o nome do clube. A Torcida Jovem levará 30 ritmistas da bateria Nota 30, sinalizadores, fumaças e 140 mil bexigas que serão distribuídas na porta do estádio. A torcida ainda providencia, de última hora, rojões que soltam fitas brancas e pretas. Os 10 ônibus sairão da sede, no Jardim Aricanduva, na zona leste às 17 horas. E quem ficou sem bilhete fará muito barulho do lado de fora. "Dos 18 ônibus alugados pela Sangue, apenas 13 estão com ingressos, mas todo mundo vai subir a serra", garante Fábio Pryzigoda, vice-presidente da Sangue Jovem, que levará 30 ritmistas da Show Sangue Jovem. A Força Jovem partirá com quatro ônibus e apenas um tem ingressos. Grupos de amigos de Santos e do interior também se organizaram para o jogo. O publicitário Frederico Cardim Dias, de Santos, vem com a mulher e mais nove amigos. "Como não havia mais ônibus para alugar, nos dividimos em dois carros e vamos sair às 17h." Em São Paulo farão um "aquecimento" na casa da amiga Ligia Barreiro. E levarão uma faixa de agradecimento ao clube: ?Obrigado, Santos?. E a festa, de acordo com Frederico, deve se estender a Praça da Independência, em Santos, com direito ao nascer do sol na praia. Para o chefe não vai haver desculpa esfarrapada. "Vou sair depois do almoço de Araraquara. O trabalho? Fica no banco de horas", brinca o engenheiro João Paulo Jardim, que vai se encontrar com os amigos no Morumbi. Para Daniel Garcia e Rubens da Silva, amigos há 13 anos e sócios do bar Cacilda, na Lapa, que por muito pouco não chamou ?La Boca? ou ?Bombonera?, a melhor pedida é assistir ao jogo separados. Isso porque Daniel é argentino e torcedor do Boca, e Rubens, santista. "Prefiro preservar a amizade e a sociedade", brincou Daniel. Ambos assistirão ao jogo em suas casas. "Se o Boca perder o Daniel vai raspar o cabelo e vice-versa", conta Rubens. O bar funcionará normalmente, mas sem tevê.

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