Santo André perde 12 pontos no STJD

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Por Agencia Estado
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O Santo André foi punido hoje com a perda de 12 pontos na Série B do Campeonato Brasileiro e passou a ser o lanterninha da competição, com 8 pontos negativos. A pena foi aplicada pela 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Os auditores acolheram denúncia da procuradoria do tribunal, que apontou irregularidade na escalação dos atletas Valdir e Osmar em duas partidas do clube: contra o Paulista, em 24 de abril, e com o Avaí, três dias depois. O nome de ambos não constava do Boletim Informativo Diário (BID), documento expedido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para dar condição de jogo aos atletas em competições nacionais. A defesa do Santo André alegou que enviou os documentos de Valdir e Osmar para a Federação Paulista dentro do prazo legal, mas não checou depois se a entidade os teria remetido para o Departamento de Registro e Transferência da CBF. "O regulamento da Série B é claro: A CBF publicaria, como fez, um BID especial em 13 de abril incluindo o nome de todos os atletas em condições de disputar o campeonato. Por que o Santo André não consultou esse BID?", indagou o presidente da 2ª comissão, Aloysio Costa. A punição segue texto do Artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê perda de seis pontos para a equipe que atuar com atleta sem condição legal e multa de R$ 5 mil pela infração. O Santo André também terá de pagar R$ 10 mil pela punição. O clube vai recorrer da decisão à segunda instância da justiça esportiva, o tribunal pleno do STJD. Para o presidente do Santo André, Jairo Livolis, a pena foi muito severa. Ele deixou o prédio do STJD, no centro do Rio, decepcionado. "Ganhou o mundo virtual. Exigências burocráticas se impõem sobre o resultado de campo. O mundo real do futebol está ficando para trás", disse Livolis, contrariado também com a Federação Paulista e a CBF. "Essas exigências virtuais foram criadas por essas entidades e estão nos trazendo enormes prejuízos. Agora vamos ter de ficar também consultando a Internet?" O Santo André levou para a defesa o supervisor Sérgio Prado, cujos argumentos não foram aceitos pelos cinco auditores da 2ª comissão. "Se não houve consulta ao BID, o clube fica exposto a essas situações", disse Aloysio Costa.

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