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Santos: 3 meses fora das competições

Por Agencia Estado
Atualização:

O Santos completou domingo exatos três meses fora das competições oficiais. O último compromisso do time ocorreu no dia 14 de abril, quando enfrentou a equipe do Bangu, no Estádio Moça Bonita, já sem nenhuma chance de passar para a próxima etapa do Torneio Rio-São Paulo. Apesar de os dirigentes fazerem questão de afirmar que não existe crise no clube, que os salários dos jogadores se encontram em dia, a realidade na Vila Belmiro é bem diferente da que chegou a ser observada há pelo menos dois anos, com contratações milionárias, fazendo com que a folha salarial atingisse os R$ 2 milhões mensais. Craques como Edmundo, Rincón, Viola, Valdo, Márcio Santos, Aristizábal, entre outros, engordavam a lista de poupudos salários. A diretoria do Santos faz uma verdadeira ginástica para honrar os compromissos do clube, cuja a folha de pagamento não ultrapassa atualmente os R$ 250 mil. A alternativa encontrada pelos dirigentes para amenizar a situação crítica foi liberar o meia Robert, emprestado ao São Caetano até dia 31, quando o clube do ABC encerra a sua participação na Taça Libertadores da América. Como o Robert possui o maior salário - em torno de R$ 120 mil - o clube conseguiu com isso obter algum fôlego nos últimos meses. Ao contrário do que ocorria nos anos anteriores, nada de grandes estrelas para reforçar o elenco, com vistas ao Campeonato Brasileiro, que começa no início da agosto. Apenas cinco jogadores, até agora, mesmo assim oriundos de times intermediários, foram contratados: o goleiro Júlio Sérgio, o lateral Maurinho, o zagueiro Bernardi e os atacantes Fabiano Souza e Alberto. O técnico Leão tem cobrado da diretoria a contratação de atletas mais experientes, mas até o momento, não foi atendido. Sem alternativas - Em recente entrevista a uma emissora de rádio, o presidente Marcelo Teixeira criticou o calendário de competições previsto para este ano, considerado bastante difícil, em razão da Copa do Mundo realizada na Ásia. "Acho que não só o Santos, mas outros clubes grandes, vêm sofrendo o mesmo problema", afirmou. Uma solução a curto prazo, de acordo com o dirigente, seria a antecipação das cotas de transmissão de tevê para que os times pudessem equilibrar suas contas. Enquanto isso não acontece, o clube que já foi bicampeão mundial na época de Pelé, vai fazendo o que pode, participando de amistosos no Brasil e no exterior, a fim de fazer frente às suas despesas mais imediatas, enquanto não estréia no Brasileiro, dia 10, contra o Botafogo.

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