
07 de abril de 2011 | 19h41
SANTOS - O presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, e o técnico Muricy Ramalho preferiram passar a mão na cabeça de Neymar e tratá-lo como vítima na expulsão no jogo contra o Colo Colo por ter comemorado o seu gol usando a máscara do seu rosto, quarta-feira à noite, na Vila Belmiro.
"O juiz usou de extraordinário rigor contra o Santos ao expulsar Neymar, porque ele não tirou a camisa e nem exibiu qualquer mensagem ao comemorar o gol", afirmou Luis Álvaro.
Muricy também saiu em defesa da estrela santista. "O juiz tinha que olhar para o outro lado e bater palmas porque foi um gol de cinema, mas preferiu aplicar a regra", disse, em tom de lamento.
Eduardo Musa, dirigente escolhido para administrar a carreira de Neymar, disse que o jovem atleta não tem nenhum problema disciplinar. E recorreu ao retrospecto para fundamentar o que diz.
"Em mais de dois anos como profissional, essa foi a segunda expulsão de Neymar. O assunto teve essa repercussão porque ele está sempre sendo observado com uma lupa. Neymar apenas quis comemorar o gol usando a máscara com o foto dele, e o juiz poderia contemporizar porque ela não tinha mensagem religiosa ou política".
Musa admite que o primeiro cartão amarelo recebido pelo atacante foi merecido, mas classifica como exagero a advertência feita pelo árbitro uruguaio Roberto Silvera quando Neymar deu um chapéu num defensor chileno. Ele também assume a culpa pelo fato do garoto ter comemorado o gol com máscara.
"Como eu estou todo momento com Neymar, deveria alertá-lo para que não comemorar com máscara, se fizesse gol, para não correr o risco de ser expulso", concluiu o dirigente.
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