
29 de novembro de 2010 | 19h41
SANTOS - O presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, comentou nesta segunda-feira que a decisão do meia Paulo Henrique Ganso de recusar o plano de carreira, proposto pela diretoria alvinegra, não foi recebida com surpresa. "É normal haver uma recusa num projeto. Nós o enviamos para apreciação do Ganso. Ele tem o direito de discordar de alguns pontos".
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De acordo com Luis Álvaro, o departamento de Marketing do clube planeja rever alguns pontos para novamente apresentar um projeto ao meia. A ordem, por enquanto, é continuar dando suporte para que Ganso se recupere o quanto antes de uma lesão no joelho esquerdo, visando a Copa Libertadores. "Estamos tranquilos. O Ganso tem contrato com o Santos [até 2015], e tem se mostrado um grande profissional, trabalhando todos os dias para se recuperar. Contamos com ele para a Libertadores."
Na primeira proposta apresentada pelo Santos, em outubro, Paulo Henrique Ganso passaria a ganhar R$ 275 mil mensais, mas teria de ceder ao clube 30% de seus direitos econômicos, o que não foi aceito.
A tentativa do Santos em reaver tal porcentagem dos direitos econômicos do meia faz parte do projeto da nova diretoria - que começou os trabalhos neste ano - em diminuir a participação de empresários e grupos de investimentos em atletas que estejam no clube. "Quando chegamos, o Santos contava apenas com 52% dos direitos econômicos de todos os jogadores. Hoje, conta com mais de 70%", disse Luís Álvaro.
Além de retomar o controle dos direitos econômicos dos atletas ligados ao clube, Luís Álvaro confirmou que em breve o Santos irá disponibilizar, através de seu site, balancetes trimestrais. "Nossa ideia é ter balancetes trimestrais para dar mais transparência às operações do clube. Ainda não conseguimos porque o sistema contábil do Santos era medieval quando chegamos, mas em breve conseguiremos".
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