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Santos é punido e terá de vencer por 4 gols de diferença para se classificar na Libertadores

Conmebol acata pedido do Independiente e placar de jogo de ida passa a ser 3 a 0 para o time argentino, por escalação irregular de Carlos Sánchez

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Por Redação
Atualização:

A Conmebol anunciou nesta terça-feira de manhã, dia do jogo de volta, que o Santos foi punido com placar desfavorável de 3 a 0 na partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, em Avellaneda, contra o Independiente, em função da escalação irregular do meio-campista Carlos Sánchez. Além disso, o jogador uruguaio está suspenso do duelo de volta, que acontece nesta terça-feira, às 19h30, no Pacaembu. Com a punição, o Santos precisará vencer por quatro gols de diferença o confronto de volta - triunfo por 3 a 0 leva o duelo aos pênaltis. O jogo de ida, na Argentina, acabou empatado por 0 a 0.

Sánchez havia sido punido com três jogos de suspensão, o que o impossibilitaria de encarar o Independiente semana passada. A punição foi aplicada em 2015, quando o atleta uruguaio defendia o River Plate. Depois disso, Sánchez se transferiu para o México e não cumpriu a pena. O Santos, por sua vez, garante que o sistema eletrônico da Conmebol classificava o jogador como apto a entrar em campo. Por isso o escalou.

Uruguaio Carlos Sánchez em campo contra o Independiente Foto: Ivan Storti/Santos FC

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O julgamento do Santos pela escalação de Sánchez se iniciou na segunda-feira, quando o clube se defendeu na sede da Conmebol, em Luque, nas proximidades de Assunção. Mas o clube santista não obteve êxito em sua argumentação, sendo punido pela entidade. O Santos, porém, ainda pode recorrer da decisão. A tendência é de que a diretoria do clube leve o caso até a instância máxima, a Corte Arbitral do Esporte, caso não tenha êxito na própria Conmebol. Nesse momento, porém, apenas uma goleada no Pacaembu, nesta terça-feira, classificará o time às quartas de final da Libertadores.

Em comunicado, a entidade justificou a decisão afirmando que o Independiente fez a reclamação sobre a escalação irregular dentro do tempo, e que o Santos não cumpriu o procedimento de se comunicar diretamente com a Unidade Disciplinar, e por isso julgou o clube brasileiro culpado, punindo-o com a mudança no placar do jogo de ida, considerando o time argentino vencedor por 3 a 0.

A partida, realizada em Avellandeda, semana passada, terminou empatada por 0 a 0, mas a Conmebol abriu ação disciplinar para investigar o caso de Sánchez, recém-contratado pelo Santos e que havia sido expulso em sua última partida em torneio sul-americano de clubes antes do confronto de terça, ainda pelo River Plate, em 2015. Ele tinha um jogo de suspensão a cumprir, mesmo após a anistia promovida pela Conmebol em 2016, quando reduziu pela metade a pena em vigor aos jogadores em competições continentais.

Sánchez havia sido punido com três jogos de suspensão, o que o impossibilitava de encarar o Independiente. A anisitia o deixou com uma partida de gancho. O Santos, por sua vez, garante que o sistema eletrônico da Conmebol classificava o uruguaio como apto a entrar em campo na Argentina. O Santos, que contratou o advogado Mário Bittencourt para defendê-lo, pedia que o jogador cumprisse o jogo restante de suspensão no confronto de volta diante do Independiente pelas oitavas de final da Libertadores e citava um precedente envolvendo o River Plate bastante semelhante.

O volante Bruno Zuculini atuou de forma irregular em todas as sete partidas do clube argentino nesta Libertadores devido a uma punição sofrida ainda em 2013, quando atuava pelo Racing. Sobravam dois jogos a serem cumpridos no torneio. Sem ter conhecimento da situação de seu jogador, o River consultou a Conmebol e ouviu que Zuculini estava apto a jogar. A entidade alegou "erro administrativo", liberou o clube argentino de qualquer punição e ordenou que o atleta cumpra as partidas restantes na sequência do torneio. E é exatamente este tratamento que o Santos esperava da confederação em seu caso.

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Apesar desse argumento, o Santos defendia que escalou Sánchez de forma regular. O clube alega que o sistema eletrônico da Conmebol, bem como as informações passadas pela Fifa e pelo Monterrey, time anterior do volante, davam conta de que o jogador poderia estar em campo. A decisão da Conmebol leva a partida anterior a W.O.. Quando isso acontece, a partida é anulada e o time vencedor ganha por placar previamente estipulado no regulamento por 3 a 0. É contra "essa derrota" que o Santos tenta nesta terça sua classificação para as quartas de final da Libertadores.

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