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Santos e São Paulo sofrem com a falta de público

Rivais não têm empolgado torcedores e acumulam prejuízos

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

O Santos diminuiu o preço dos ingressos para atrair torcedores para o clássico deste domingo. As arquibancadas foram reduzidas de 60 para 40 reais. Mesmo assim, a expectativa da diretoria é de cerca de 12 mil torcedores. O São Paulo também sofre com a falta de público. No último jogo, a vitória diante do Botafogo teve o menor público desde 2005, com 2.970 espectadores no Pacaembu.  A falta de público tem sido um problema das duas equipes na temporada. Tirar jogos da Vila Belmiro e levá-los para o Pacaembu é uma prática comum no Santos há vários anos para contornar o problema. Com média histórica na casa de oito mil pagantes em seu estádio, o clube procura aproveitar a maior capacidade do Pacaembu para atrair mais público. 

Vila Belmiro sofre com poucos torcedores durante jogo do Santos Foto: Mario Ângelo|SigmaPress

Em São Paulo, o público tem sido satisfatório, mas a renda, não. A diretoria do Santos comemorou os 16.035 pagantes na vitória por 1 a 0 sobre o Água Santa, mas perdeu o entusiasmo diante da arrecadação. Os ingressos mais baratos – R$ 20 (no Tobogã, com R$ 10 a meia) – geraram uma renda de R$ 436.880, valor considerado baixo pela cúpula do clube. No clássico com o Corinthians, disputado na Vila Belmiro, apenas 9.635 pessoas compareceram, mas a renda foi de R$ 382.880.  O presidente Modesto Roma Junior não abre mão da Vila nos jogos decisivos. Os jogadores também preferem o Alçapão. “A torcida fica mais próxima e joga junto com a gente. A Vila é a nossa casa”, diz o zagueiro Gustavo Henrique. MORUMBI O São Paulo comemora o fim da reforma do Morumbi não apenas pela questão emocional de atuar em seu estádio. O motivo principal é financeiro. Nos sete jogos no Pacaembu pelo Campeonato Paulista, o São Paulo teve prejuízo total de quase R$ 100 mil.  Apenas quatro jogos deram lucro, mas não conseguiram equilibrar as contas do time tricolor. Contra o Botafogo-SP, na quarta-feira, o prejuízo foi de R$ 131.120.  A diretoria aponta várias razões para o baixo público, desde a crise econômica do País até as más atuações da equipe. “A derrota para o The Strongest deixou o torcedor um pouco desanimado”, afirmou o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.  Na próxima partida como mandante, dia 2 de abril, diante do Oeste, o São Paulo vai atuar no Morumbi. “É o reforço que faltava. É a nossa casa, e somos mais fortes jogando lá”, diz o zagueiro Diego Lugano.  Os números mostram a importância do estádio para o clube. No total, o São Paulo já disputou 1.598 partidas no local, com aproveitamento de 67%: 947 vitórias, 391 empates e 260 derrotas.  Dentre as inovações, estão as substituições das traves, que agora serão no padrão Fifa, e o ajuste no tamanho do gramado. O campo do Morumbi media 108,25 m x 72,70 m, mas depois das obras também será padrão Fifa: 105 m x 68 m. A nova demarcação de linhas do campo utiliza um moderno sistema.  

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