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Santos perde mando de duas partidas

O clube santista também foi multado em R$ 75 mil por causa do copo d?água atirado no rosto do técnico Hélio dos Anjos, no jogo com o Vitória, na Vila Belmiro.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Santos perdeu o mando de campo de dois jogos e foi multado em R$ 75 mil por causa de um torcedor que atirou um copo de água no rosto do técnico Hélio dos Anjos na goleada sobre o Vitória, por 4 a 1, em 26 de setembro, na Vila Belmiro. Este foi o resultado do julgamento ocorrido hoje pela 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que puniu a equipe paulista por unanimidade - 4 votos a 0. O advogado do Santos, Mário Mello, informou que "provavelmente" o Santos vai recorrer da decisão. O fato de ser reincidente também dificultou a defesa - no clássico contra o São Paulo, também na Vila Belmiro, um torcedor jogou uma bomba no campo, que quase atingiu o lateral-direito Gabriel. Como a suspensão não pode ser aplicada para a partida contra a Ponte Preta, no sábado, o Santos vai cumprir a pena no jogo contra Fluminense e Goiás. O julgamento de hoje ficou marcado também por uma declaração do advogado do Santos, Mário Mello, que criou um certo mal-estar no plenário. Quase no fim de seu discurso de defesa, ele lembrou que o Atlético-PR "tem interesse direto no resultado na decisão do STJD", referindo-se nas entrelinhas à auditora estreante, Renata Couto, que, segundo ele, mora em Curitiba e faz parte do conselho da equipe líder do Campeonato Brasileiro. "Quer mais do que isso. Deveria ser outra comissão hoje", declarou Mello, ao fim do julgamento. Ele lembrou também que o procurador do pleno do STJD, Alexandre Quadros, é casado com Renata e torcedor do Atlético-PR. Após perceber a repercussão do seu discurso entre os jornalistas, o advogado do Santos recuou. "Falei apenas que apesar dela morar em Curitiba, onde o Atlético-PR é um dos mais interessados pelo resultado do julgamento, confio na sua honestidade". Renata Couto se defendeu minutos após a declaração de Mello, ainda no plenário. "Sou paulista e apenas moro em Curitiba", disse a auditora. O auditor do STJD, Paulo César Salomão Filho, também criticou a insinuação do advogado santista. "Eu sou carioca e puni o Botafogo recentemente porque achei necessário. Atitudes como jogar coisas nos adversários são comuns na Vila Belmiro. Essa punição vai servir como caráter disciplinador".

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