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Santos teme ser enganado por investidor que comprou Leandro Damião

Clube foi passado para trás em negociação com o Inter e pode ficar sem o jogador

Por Ciro Campos
Atualização:

SÃO PAULO - O atacante Leandro Damião está perto de ser anunciado pelo Santos, mas a diretoria está insegura quanto ao desfecho da negociação. Tudo porque, no entender do clube, a empresa Doyen Sports, fundo de investimentos que comprou o jogador do Inter por R$ 41 milhões, atravessou a negociação entre os dois times e passou a ter poder pleno de decisão sobre o destino do jogador.A ideia do Santos era ter na empresa uma parceira para ajudar a concretizar a compra. O Inter recusou as ofertas iniciais do clube paulista, que incluíam R$ 12 milhões mais a ida do volante Arouca. A impossibilidade de subir os valores e a necessidade do reforço fizeram a diretoria santista topar o auxílio financeiro, considerado como indispensável para a contratação. Porém, a cúpula só não esperava que a empresa inglesa tomasse à frente do negócio a ponto de fechar sozinha a compra de Leandro Damião, concluída na quarta-feira.Agora a Doyen é a dona do futuro do atacante. O Santos ainda é o destino mais provável, mas ficou desconfiado após a operação ter sido totalmente feita pelo fundo, de forma inesperada. No Brasil, o representante da companhia é Renato Duprat, empresário que já patrocinou o Santos na década de 1990 e foi acusado pela CPI do Futebol de deixar dívidas no clube quando saiu. Nos últimos anos, Duprat se reaproximou da diretoria e, inclusive, participou das negociações pela vinda do lateral-direito Cicinho, da Ponte Preta, e da ida do meia Felipe Anderson para a Lazio, ambas nesta temporada.O Santos atribui a desconfiança no caso Leandro Damião por ter vivido frustração recente. Em novembro tentou contratar o meia Marlone, do Vasco, mas perdeu a disputa para o Cruzeiro. Segundo a diretoria, o grande erro foi que o interesse pelo jogador se tornou de conhecimento de outros clubes e isso dificultou o desfecho. Outros jogadores que o time conversa são o meia Diego, do Wolfsburg, e o atacante chileno Eduardo Vargas, do Grêmio. Ainda que essas negociações sejam consideradas difíceis, o clube tem trunfos nos quais se apoia para conseguir um desfecho positivo. No caso de Diego, pesa a identificação com o clube onde foi revelado. Com Vargas, que pertence ao Napoli, a negociação por empréstimo deve atrelar o pagamento dos valores a descontos nas parcelas pela compra do goleiro Rafael Cabral, que se transferiu para a equipe italiana no meio do ano.

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