PUBLICIDADE

Publicidade

Santos tenta pôr fim à agonia

Por Sanches Filho
Atualização:

O calvário do Santos continua. O time recebe o Botafogo hoje, às 16 horas, na Vila Belmiro. É a segunda chance em menos de uma semana de resgatar uma tradição, a de raramente perder pontos em casa. E também de apagar os dois últimos resultados na Vila: a goleada sofrida para o Goiás (4 a 0) e o empate contra o Grêmio (1 a 1). Mesmo estando acima do Fluminense e ao lado do Ipatinga na classificação, o Santos vai precisar vencer para ter esperança de sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro já na próxima rodada, quando enfrentará o Figueirense, em Florianópolis. Apesar da seqüência de resultados negativos, a equipe apresentou sinais de evolução nos três últimos jogos. A entrada de Michael na lateral-esquerda, com a passagem de Kléber para a armação de jogo, e a velocidade de Apodi, que joga quase como ponta-direita, mudaram as características do time na partida contra o Grêmio. É esse Santos mais leve, que chega com facilidade à área adversária, que deve ser visto em campo hoje contra o Botafogo. ''Precisamos controlar a ansiedade para aproveitar melhor as oportunidades que estamos criando e para não gastar energia à toa'', comentou Cuca. O treinador reprovou o desempenho da defesa nas últimas partidas e, para piorar, não poderá contar com Rodrigo Souto, suspenso. Em sua vaga deve jogar Roberto Brum. ''Quando o erro é na frente, cai no esquecimento se sair um gol depois'', explicou. ''Mas uma falha na defesa, por menor que seja, pode comprometer o trabalho de vários dias'', emendou. A ineficiência do ataque ele espera resolver na troca de Kleber Pereira por Lima. É uma tentativa de fazer o centroavante se sentir incomodado e se recuperar da má fase. Apesar de ainda não ter vencido nenhum jogo no comando santista, Cuca faz uma avaliação positiva de seu trabalho. ''Houve um desastre: a goleada que sofremos contra o Goiás, na Vila Belmiro. De resto, considero normais os outros resultados'', comentou, referindo-se aos empates com Vitória, Fluminense, Portuguesa e Grêmio, além da derrota para o Atlético, em Curitiba. Por conhecer melhor o Botafogo, que ele dirigiu por dois anos - hoje enfrenta o ex-time pela primeira vez -, Cuca vai tomar alguns cuidados para não ser surpreendido outra vez em casa. O mais provável é que, diante dos sustos que a defesa vem dando, ele reforce a marcação no meio-de-campo. Contra o Goiás, abriu o time, apostou no ataque e perdeu de goleada. Hoje vai soltar os alas, mas, para compensar, manterá Adriano, Kléber e Roberto Brum mais presos à defesa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.