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Santos vence São Caetano por 2 a 1

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Santos recuperou-se da derrota para o Bahia no meio da semana e deu um passo importante para chegar às semifinais do Campeonato Paulista, ao superar o São Caetano hoje por 2 a 1 no estádio Anacleto Campanella. A equipe santista chegou aos 26 pontos e assumiu provisoriamente a vice-liderança da competição. Já o São Caetano ficou para trás na corrida pela classificação e não depende mais de si para seguir em frente. O atacante santista Deivid foi o destaque do jogo, iniciando a jogada do primeiro gol e sofrendo o pênalti que resultou no gol da vitória. O bom resultado apagou a má impressão deixada pelo Santos após a eliminação da Copa do Brasil, quando foi derrotado na quarta-feira pelo Bahia, por 2 a 0, na Vila Belmiro. No fim, o comportamento inadequado do técnico Jair Picerni refletiu bem o espírito bélico do time do ABC, que abusou das jogadas violentas. "Esse juiz não presta", esbravejou, referindo-se ao árbitro Alfredo dos Santos Loebeling. Não faltou emoção para os torcedores no primeiro tempo. As duas equipes entraram dispostas a marcar o gol logo no início. O Santos marcava sob pressão e dificultava a saída de bola dos volantes adversários. O lateral-esquerdo Léo e o meia Robert pareciam estar empolgados com a convocação para a seleção brasileira e jogavam com descontração e segurança. Já o lateral-esquerdo César, do São Caetano, também convocado e praticamente contratado pela Lazio, da Itália, sentiu o peso das mudanças em sua carreira. Mesmo tendo sido o destaque de sua equipe na quarta-feira, quando fez dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Olmedo, pela Libertadores, César reclamou muito do árbitro. O nervosismo contagiou seus companheiros, principalmente o volante Fabinho. Por várias vezes, ele discutiu acintosamente com o árbitro, que não tomava atitude alguma para punir a indisciplina do São Caetano. Taticamente, o jogo foi equilibrado. O volante Rincón controlava as ações no meio-de-campo e impedia as avançadas do São Caetano. A equipe da casa tocava a bola com paciência, mas não conseguia encontrar espaços para a finalização. No Santos, Deivid se deslocava habilmente para as pontas e, aos 12 minutos, ele cruzou para Renato, que chutou involuntariamente em Dodô, mas pegou a sobra para fazer 1 a 0. Em contra-ataque, Dodô quase fez o segundo, ao chutar por cima, de frente para o goleiro. Como o São Caetano sufocava cada vez mais, apertando a marcação, o Santos teve de apelar para algumas jogadas violentas, principalmente com Claudiomiro, que também não foi devidamente punido. O gol do São Caetano veio por meio de jogada esporádica pela esquerda. Aos 43, o meia Esquerdinha cruzou para Márcio Griggio completar de cabeça e empatar a partida. No segundo tempo, o jogo piorou tecnicamente. E foi a vez do São Caetano distribuir pontapés. No primeiro minuto, o volante Simão pisou com deslealdade no tornozelo de Léo, que foi obrigado a deixar o campo minutos depois, por não agüentar fixar o pé no chão. O festival de truculência não parou por aí. Aos 12 minutos, Serginho não pensou duas vezes antes de dividir com Deivid, aplicando outro carrinho abusivo. Novamente a arbitragem, passiva e conivente com o antijogo, nem mesmo advertiu o jogador com um cartão amarelo, o que já seria pouco. Mas o castigo não tardou a chegar para a violenta equipe do ABC, que em nada parecia com o time ofensivo e leal que empolgou o Brasil, chegando ao vice-campeonato da Copa João Havelange, no ano passado. Aos 29, Serginho derrubou Deivid dentro da área e Rincón cobrou o pênalti com tranqüilidade, fazendo o segundo. Com o gol, o Santos recuou e esperou o São Caetano atacar desesperadamente. Picerni partiu para o tudo ou nada, e pôs o atacante Magrão no lugar do zagueiro Serginho e o meia Marlon no lugar do lateral Nelsinho. Geninho, então, substituiu o meia Robert pelo zagueiro André Luís. Bem fechado, o Santos conseguiu segurar a tão almejada vitória.

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