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São Caetano estraga a festa de Ceni

No jogo em que igualou o recorde de jogos de Waldir Peres pelo São Paulo, o goleiro teve que amargar uma derrota: 1 a 0 para o time do ABC, em pleno Morumbi.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pontualmente às 18h07 deste sábado, uma grande festa começou no Morumbi. Com as filhas gêmeas Clarinha e Bebe, forma carinhosa de referir-se a Clara e Beatriz, nos braços, o goleiro Rogério Ceni entrou no campo e para a patamar mais alto da história do São Paulo. Vestindo uniforme totalmente cinza, com o nome de Waldir Peres nas costas, igualou a marca do companheiro de posição em maior aparição vestindo a camisa do clube: 617 jogos. A comemoração não foi completa por causa do São Caetano, um visitante indesejável que venceu o confronto do Campeonato Brasileiro por 1 a 0, gol de Canindé, numa rara finalização do time. Emoção de Rogério e Waldir e reconhecimento das arquibancadas. "Rogério, Rogério" e "Waldir, Waldir", gritaram os torcedores, reconhecendo o responsável pela conquista do Brasileiro de 1977 diante do Atlético-MG nos pênaltis e do grande destaque de 2005 na conquista do tricampeonato da Copa Libertadores da América. "Estou muito contente em igualar a marca de alguém que pude acompanhar e me inspirar. Pessoa de toda integridade, carinho e dedicação pelo São Paulo", dialogou Rogério Ceni para, na seqüência, pedir aplausos a Waldir e presenteá-lo com camisa semelhante a que ele usava quando jogava. "Uma emoção muito grande voltar ao Morumbi. E nesta situação", afirmou, com voz embargada. "Continuarei torcendo para que o Rogério continue buscando seus objetivos", afirmou para, depois, beijar o símbolo do clube. Se gostou das palmas e da homenagem, certamente Waldir Peres deixou o estádio decepcionado com o futebol apresentado pelo time de coração. Um espetáculo fraco, sonolento, e com poucas chances de gol. Aguardando a chegada do técnico Levir Culpi, terça-feira, o São Caetano do interino Dino Camargo já entrou em campo pensando no empate. Coitado dos atacantes Edilson e Dimba, isolados na frente. O maior trabalho que o goleiro Rogério Ceni teve até 30 minutos da fase final foi ir ao ataque para cobrança de duas faltas perigosas. Ansioso, carimbou a barreira em uma e chutou por cima a outra chance de festa completa. E apareceu de novo quando Canindé acertou um lindo chute da intermediária e marcou o golaço que garantiu a vitória do São Caetano.

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