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São Caetano vence Paulista de virada: 3 a 1

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Por Agencia Estado
Atualização:

Está chegando a hora do São Caetano. Depois de ser amaldiçoado como eterno vice, o time do ABC tem grande chance de ser campeão pela primeira vez na sua curta história. Basta um empate ou até uma derrota por diferença de um gol, no domingo, dia 18, para levar o título paulista de 2004. Acumulou esse bom crédito com a vitória de virada por 3 a 1 contra o Paulista, neste domingo, no Pacaembu, na abertura da decisão do Paulistão. Se jogar como neste domingo, dificilmente não levará a taça para casa. Mais que uma atuação de respeito, o São Caetano mostrou força, equilíbrio no elenco e um futebol de time grande. Em nenhum momento perdeu o controle da situação, mesmo depois de ter sofrido o gol de Canindé, aos 12 minutos do primeiro tempo. Gol por um descuido da zaga, que permitiu Mossoró manobrar próximo da área e servir para Canindé, livre de marcação, conferir. Antes de levar esse pequeno susto, o time do ABC havia apresentado suas credenciais: 42 segundos de jogo, Gilberto entrou como um raio na área, bateu para o gol, mas Danilo salvou sobre a risca. E aos 2 minutos, Triguinho quase marcou depois de receber de Gilberto. Dois lances para mostrar quem era o favorito, quem iria mandar no jogo. Nem precisava tamanho apetite. Bastava uma análise superficial dos times para se notar que o São Caetano era (e é) o mais forte. Sólido na defesa, com uma zaga séria, ainda é protegido por dois operários incansáveis - Mineiro e Marcelo Mattos. Do meio-de-campo para a frente, disposição e velocidade com o lateral Triguinho, os meias Gilberto e Marcinho e o atacante Euller. Para completar, Fabrício Carvalho fazendo o pivô como poucos hoje no futebol brasileiro. A bola saía da defesa para o ataque em toques rápidos. Quando o Paulista congestionava na entrada da área, os cruzamentos procuravam Fabrício Carvalho que, com classe, arrumava para quem estivesse livre para o arremate. Em três dessas jogadas, o São Caetano quase marcou. Parou no impetuoso goleiro Márcio. O jovem goleiro do Paulista só não conseguiu evitar o gol de Euller, aos 19. O ?Filho do Vento? aproveitou rebote de um chute de Marcinho na trave. O gol de Euller forçou ainda mais o Paulista a jogar recuado e nos contra-ataques, sem nenhum complexo de inferioridade. Afinal de contas, havia dado certo contra o Palmeiras. Apesar da pressão do time azul, conseguiu fechar a primeira parte do jogo com o empate. No início do segundo tempo, o Paulista chegou a incomodar até os 15 minutos. Avançou a marcação e foi especular no setor esquerdo. Faltou qualidade para completar o serviço. O São Caetano retomou o controle da situação depois dos 20 minutos. Muricy começou trocar os que acusavam cansaço. Típico de técnico com boas opções. O Paulista já começava a entrar para o matadouro quando o zagueiro Asprilla, aos 31, errou na saída de jogo. Perdeu o lance para Marcelo Mattos, que avançou forte pela direita e serviu Warley, que acabara de entrar, para fazer 2 a 1. O time de Jundiaí estava à beira do nocaute. Faltava o golpe de misericórdia. Aconteceu nos descontos: Mineiro atropelou Asprilla, entrou na área e foi derrubado por Galego: pênalti. Warley bateu e conferiu. São Caetano 3 a 1, incontestável. Aí o jogo acabou. E Zetti fez o seu papel ainda no gramado. "Não perdemos a esperança. Esse time é muito aplicado." O treinador já procurava por todos os meios levantar o moral dos jogadores. Do outro lado, a clássica declaração dos favoritos: "Não ganhamos nada ainda", disse Warley. Difícil acreditar nas suas palavras.

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