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São Paulo contra síndrome de visitante

Por Agencia Estado
Atualização:

O São Paulo enfrenta a Ponte Preta, quarta-feira à noite, em Campinas, tentando acabar com o mau retrospecto fora de casa. O desempenho irregular em partidas longe do Morumbi, na opinião da comissão técnica e dos jogadores, foi o fator principal para que o clube se distanciasse dos primeiros colocados do Brasileiro. Até agora, a equipe jogou 17 vezes longe de seu estádio e conquistou apenas quatro vitórias (Guarani, Coritiba, Juventude e Paraná) - foram mais quatro empates e nove derrotas. "Contra a Ponte Preta teremos um jogo muito difícil pela frente, mas podemos nos aproveitar da situação deles para buscar os três pontos", acredita o zagueiro Rodrigo, que por quatro anos defendeu o clube de Campinas. "A pressão será muito grande dos torcedores da Ponte. Jogando em seu campo, com a torcida, vão vir para cima, e podemos aproveitar." Rodrigo reconhece que, para alcançar o objetivo traçado pelo técnico Emerson Leão, de entrar, pelo menos, no bloco dos clubes que se classificam para a Copa Libertadores, o São Paulo terá de mudar de atitude nas partidas como visitante. "Com pontos fora de casa nós damos um passo muito importante para atingirmos o nosso objetivo. Depois, se ganharmos da Ponte, é fazer a nossa parte quando jogarmos no Morumbi, mas não podemos perder pontos fora. Agora, temos de entrar no grupo dos quatro primeiros e não sair mais." Mesmo com a mudança na defesa, o melhor setor do time no Campeonato Brasileiro (com 33 gols, é a segunda menos vazada, perdendo apenas para o São Caetano, 29 gols), o zagueiro Rodrigo acha que os jogadores não sentirão a diferença. Suspensos pelo terceiro cartão amarelo, Fabão e Lugano serão substituídos por Edcarlos e Alex. Rodrigo afirmou que "claro que não será o mesmo entrosamento, mas nós já nos conhecemos um pouco. O ritmo vai continuar o mesmo, apesar de as peças serem outras." Nildo, autor de um dos gols da vitória sobre o Palmeiras, 2 a 1, sábado, no Morumbi, prevê muitas dificuldades. E, para que o São Paulo melhore a sua performance fora de casa, tem de continuar da mesma maneira. "Com muita dedicação e trabalho poderemos tornar o jogo fácil", explicou o jogador. Mais uma vez - Quem apareceu nesta segunda-feira à tarde no CT do São Paulo foi o volante César Sampaio. Depois de receber alta do Hospital São Luiz, onde foi examinado após o choque com o atacante Osmar, no jogo contra o Palmeiras, o jogador, com curativos no nariz fraturado e na cabeça, que levou seis pontos, comentou o incidente no clássico. Em tom de brincadeira, César Sampaio disse que "para mim, foi culpa do Rodrigo. Quando eu subi com o Osmar, ele veio atrás para tentar tirar a bola e me acertou. Eu bati com a cabeça nele (Osmar) e caí. Eu não lembrava do que tinha acontecido. Fiquei muito preocupado, porque, quando eu estava na maca, não sentia os braços e as pernas, mas o doutor (José Sanchez, médico do São Paulo) tentou me tranqüilizar, dizendo que era normal que eu sentisse aquilo." Foi a terceira vez que César Sampaio quebrou o nariz. As outras duas aconteceram na seleção brasileira e no Palmeiras. "Também, com um nariz assim", brincou o volante.

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