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São Paulo dá goleada e leva pedradas

A equipe de Leão massacrou o Atlético-MG, goleando por 5 a 0. Três gols foram de Grafite. A torcida mineira atirou muitos objetos contra os jogadores paulistas. Fabão levou uma pedrada no rosto.

Por Agencia Estado
Atualização:

A ordem de Emerson Leão foi clara: "O resultado está na mesa", recomendou, para o duelo contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro. E o São Paulo foi guloso hoje à tarde, em Belo Horizonte. Com muito apetite, sua equipe massacrou o rival, goleando por impiedosos 5 a 0. Destaque positivo para o artilheiro Grafite, que balançou as redes por três vezes e negativo para a torcida mineira. Revoltada, atirou muitos objetos contra os jogadores paulistas. Fabão levou uma pedrada no rosto. Se a semana de duelos decisivos contra o Santos (quarta-feira pela Copa Sul-Americana e domingo pelo Campeonato Brasileiro) começa doce para os tricolores, já está dando indigestão em Mário Sergio, do Atlético-MG. Contratado para salvar a equipe do rebaixamento, o treinador, acostumado a armar times confusos com intenção de confundir o rival, acabou sofrendo pela salada mista que colocou em campo. Com volante e lateral atuando como zagueiro, atacante na ala, viu sua equipe levar um baile na primeira etapa. O goleiro Danrlei parecia asustado com tantas vezes nas quais teve um são-paulino livre pela frente. A torcida prometia ser o diferencial do duelo. Os 15.770 ingressos colocados à venda foram vendidos. No acanhado Estádio Independência, apuparam os são-paulinos antes do começo da partida. Cicinho, ex-atlético, não teve as pétalas de rosas esperadas. Ao contrário, bastante vaias. E logo aos 2 minutos, em cobrança de escanteio, foi vítima de moedas, copos, chinelos, tênis e até lata de cerveja cheia. Respondeu com grande apresentação. Em apenas 28 minutos, a vitória do São Paulo, com sabor especial já que há 13 anos não ganhava do rival em Belo Horizonte, estava definida. O mais faminto no time do mestre cuca Leão foi o atacante Grafite. Em jogada individual, fez 1 a 0. Marcaria, ainda, o terceiro (de bico) e quarto gols (de cabeça). Danilo também estava inspirado. Com pintura de lance, um após driblar o zagueiro, anotou o segundo. Mário Sergio, o estrategista, teve de mudar a equipe antes do fim da primeira etapa. Em duas posições. Não estava gostando da escalação? "Não iria deixar o time até os 45 minutos e levar 5, 6," tentou explicar, enquanto era chamado de burro pelos atleticanos. De nada adiantaram as mudanças. Começo da etapa final e São Paulo criando e desperdiçando chances. Até Danilo receber a sobra de um escanteio e, com chute de classe, com curva, marcar o que seria gol final: 5 a 0. Antes do fim do jogo a torcida ainda iria lançar muitas pedras a campo, em direção de Rogério Ceni. Ele esquivou-se, mas o zagueiro Fabão não teria a mesma sorte. Acabou atingido no rosto. O São Paulo obteve a 4.ª vitória seguida no Nacional. Chegou aos 62 pontos e, graças ao empate no clássico paranaense, diminuiu para 7 pontos a diferença em relação ao líder Atlético-PR.

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