PUBLICIDADE

São Paulo demite o técnico Dorival Junior após terceira derrota em clássicos no ano

André Jardine assume o comando da equipe interinamente. Derrota para o Palmeiras por 2 a 0 foi sua última partida

Por Matheus Lara
Atualização:

Dorival Junior não é mais técnico do São Paulo. O treinador foi demitido nesta sexta-feira de manhã e deixa o comando do time tricolor depois de 40 jogos em que obteve aproveitamento de 50,8%, com 17 vitórias, 10 empates e 13 derrotas. Após muitas oscilações no início de ano, a gota d'água para sua saída foi a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras no Allianz Parque, na última quinta-feira, em que o time foi completamente dominado pelos donos da casa do início ao fim do jogo. Foi a terceira derrota em três clássicos do São Paulo na temporada

PUBLICIDADE

Palmeiras bate São Paulo pelo Paulista e mantém tabu sobre rival na arena

O São Paulo já havia perdido para o Corinthians e Santos. Na ocasião, a diretoria ameaçou a troca de comando, mas depois recuou, entendendo que o treinador deveria ter mais um voto de confiança. Ocorre que Dorival não conseguiu fazer o time jogar, apesar de alguns bons resultados no ano. Antes de perder para o Palmeiras, o tricolor superou o CRB, pela Copa do Brasil, e Linense, no Paulistão.

Em 40 jogos à frente do São Paulo, Dorival Junior obteve 50,8% de aproveitamento Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Contratado em julho de 2017 para substituir Rogério Ceni, Dorival conduziu o São Paulo na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Passou por maus bocado na temporada passada, e esteve bem perto de cair com a equipe. Para 2018, perdeu duas peças importantes do elenco, Hernanes e Lucas Pratto, e não conseguiu acertar o time, apesar das contratações de Diego Souza e Nenê.

Apesar de ter garantida a vaga nas quartas de final do Paulistão e de ter passado por duas fases da Copa do Brasil, o São Paulo vinha sendo criticado pelas exibições ruins e pela dificuldade de jogar mesmo diante de adversários modestos, teoricamente mais fracos. Foi assim em jogos do Estadual e do torneio nacional.

Além disso, pesou contra Dorival Junior o péssimo retrospecto em clássicos paulistas. Venceu apenas um, diante do Santos, por 2 a 1, no 2.º turno do Brasileirão do ano passado. Naquele nacional, empatou com o Corinthians por 1 a 1 e perdeu para o Palmeiras por 4 a 2. Neste ano, além do duelo com o Palmeiras, já tinha sido derrotado pelos corintianos por 2 a 1 e pelo Santos por 1 a 0.

Dorival caminhava para tentar superar seu primeiro momento de grande pressão deste o início de temporada, causado pelas derrotas para Santos e Ituano no Paulistão. Bancado pela diretoria, o treinador foi avisado que sua permanência estava condicionada a resultados, e fez mudanças importantes no time. Sacou os "medalhões" Diego Souza e Nenê, apostou em um jogo com mais agilidade e conseguiu ficar invicto por três partidas (empate com a Ferroviária e vitórias sobre CRB e Linense).

Publicidade

Mas o duelo com o Palmeiras era decisivo. Esta já era a leitura nos bastidores desde a derrota para o Santos, quando conselheiros começaram a atuar para tentar convencer o presidente tricolor Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, a demiti-lo.

NOTA

Sem Dorival, quem assume o comando do time de forma interina é André Jardine, treinador da equipe sub-20 tricolor. O clube emitiu uma nota informando a demissão de Dorival e a confirmação do início dos trabalhos de Jardine.

"O São Paulo FC informa que Dorival Júnior deixou o comando técnico da equipe principal. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (09), após reunião realizada no Centro de Treinamento da Barra Funda, quando o treinador foi comunicado pela diretoria.

Com a mudança no comando, André Jardine, técnico da equipe Sub-20, assume o time principal de forma interina e já comanda o treino desta tarde (09), quando a diretoria se pronunciará no CT, e o elenco iniciará os preparativos para o duelo com o Red Bull, no domingo (11), às 17 horas, no Morumbi, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.