São Paulo derrota Palmeiras por 2 a 1

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Por Agencia Estado
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Foi maravilhosa a vitória do São Paulo, neste sábado, no Morumbi. O time de Leão se impôs no coração e virou o jogo diante do Palmeiras aos 47 minutos do segundo tempo. O gol de Cicinho, no último lance da partida, justificou toda a festa dos valentes jogadores são-paulinos. E castigou a covardia defensiva de Estevam Soares. Afinal, em um clássico a mentalidade deve ser de time grande, que busca o ataque. Time pequeno é que se contenta com pouco. "Ganhou quem quis ganhar", ironizou com razão, o técnico Leão. Tanto o treinador são-paulino como Estevam tinham seus motivos especiais para tentar ganhar o clássico. O principal - os dois ainda querem se firmar nos clubes que os contrataram. As duas equipes vinham de vitórias importantes. O Palmeiras venceu o São Caetano por 3 a 1. Já o São Paulo aplicou a maior goleada do Brasileiro, 7 a 0 no Paysandu. Mas tudo isso não era suficiente para encorajar seus treinadores a montarem esquemas ofensivos. Ao contrário. Cientes da falta de talentos nos seus elencos, ambos deixaram apenas um atacante fixo na frente. A batalha era no congestionado meio-de-campo. O São Paulo dominou o primeiro tempo. Graças aos seus alas. Cicinho e Júnior apoiavam com velocidade e puxavam o time de Leão. No entanto, o sistema de marcação organizado por Estevam não permitia chutes de perto da área e travava as infiltrações. Sobravam divididas e faltava emoção. Aos 27 minutos, em uma disputa pelo alto, César Sampaio cabeceou a nuca de Osmar. Teve de ir para o hospital São Luiz com suspeita de fratura de nariz. A partida continuava morna até que Marcinho se esqueceu da marcação individual que fazia sobre Danilo e arriscou um chute ao gol. A bola, fraca, foi em direção de Osmar. Afobado, Cicinho o segurou. Pênalti infantil. O próprio Osmar cobrou forte no canto direito, sem dar chances a Rogério Ceni. Palmeiras 1 a 0, aos 41 minutos. No intervalo, como era previsível, Leão mandou seu time atacar. E Estevam ordenou que o seu defendesse. Porém, não houve nem tempo para o desenho tático ficar definido. Logo no primeiro minuto do segundo tempo Daniel fez desmoronar o esquema palmeirense. Cicinho cruzou. A bola foi em direção de Daniel. O zagueiro furou de maneira inacreditável. Nildo, que não tinha nada a ver com isso, empurrou para o fundo do gol de Sérgio: 1 a 1. A partir daí, o São Paulo ganhou confiança para ir ao ataque buscando a virada. Durante 15 minutos os jogadores palmeirenses demonstraram a falta de equilíbrio emocional que a falha de Daniel provocou. O grande pecado são-paulino era a falta de objetividade, de arremates a gol. Depois de jogar como um craque contra o pobre Paysandu, Grafite viveu neste sábado tarde de Grafite. Só sabia trombar com os zagueiros e chutar de bico. Mas o Palmeiras optou pela covardia. Ficou claro que Estevam estava contente com o empate. O São Paulo, não. Continuou forçando, buscando a vitória. Mesmo sem talento, o time de Leão tentava vencer no conjunto. Atacando em bloco, os jogadores assumiam querer vencer. A luta do São Paulo foi contagiante. E foi premiada quando ninguém esperava mais nada do jogo. Aos 47 minutos, Sérgio que havia jogado muito bem até então, foi novamente o vilão em um clássico: o goleiro rebateu a bola em chute fraco de Tardelli, de fora da área. O rebote desnorteou os zagueiros, que deixaram Grafite chutar, viram Sérgio rebater no pés de Tardelli, o goleiro salvar e a bola, caprichosa, ir para Cicinho. O chute saiu seco: 2 a 1 para o São Paulo. Uma virada suada e justa, que premiou o time que jogou como grande.

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