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São Paulo empata com o Criciúma

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela terceira vez no Campeonato Brasileiro, o São Paulo frustra seus torcedores e não consegue assumir a liderança. O time jogou mal demais neste sábado em Ribeirão Preto e teve sorte em empatar por 0 a 0 com o Criciúma. Foi a primeira partida depois que a endividada diretoria vendeu Kaká ao Milan. Os mais de 18 mil torcedores que foram ao Estádio Santa Cruz para festejar acabaram ao fim do jogo repetindo o velho coro que persegue a equipe: "Pipoqueiros, pipoqueiros, pipoqueiros..." Por causa da demora da diretoria em assegurar se Kaká seria ou não vendido, Rojas acabou perdendo tempo para montar o time. A semana que teve de folga foi desperdiçada porque o São Paulo tinha no jovem jogador seu articulador. Todos os treinamentos foram feitos com Kaká no time titular. Com a mais do que esperada venda confirmada, Rojas teve de apelar para Kléber ao lado de Diego na frente. Com os três volantes - Adriano, Fábio Simplício e Carlos Alberto -, coube ao improvisado Gustavo Nery tentar iniciar os ataques do São Paulo. Desde o início da partida ficou claro que o time se ressentia de Kaká, de Luís Fabiano e até do que fazia, no passado, Ricardinho. Isso porque Gilson Kleina distribuiu muito bem seu time. O Criciúma demonstrava em Ribeirão Preto o porquê da sua boa campanha no Brasileiro. Utilizando bem o 3-5-2, não dava espaços ao São Paulo, como também levava perigo contra-atacando em velocidade. Uma pena para os catarinenses terem Dejair no ataque. O jogador desperdiçou dois gols feitos na primeira etapa. Logo aos 32 segundos conseguiu chutar fora depois de rebatida de Rogério Ceni a um chute fraco de Douglas. Aos 40 minutos, dominou de canela bola que recebeu livre na área. O único ataque consciente e perigoso do São Paulo aconteceu aos 15 minutos, quando Carlos Alberto acertou chute fortíssimo que acertou a trave direita de Fabiano. "Nosso ataque está muito parado", desabafava, irritado, Rojas. Só que Diego e Kléber eram os menos culpados, já que a bola não chegava. Nada mudou no segundo tempo. Pelo contrário. Além de o São Paulo não produzir, o Criciúma teve duas chances claras de gol. Douglas driblou três jogadores, mas chutou fora na saída de Ceni aos 13 minutos. Aos 45 minutos, Rogério Ceni rebateu falta para a frente, Tico chutou, Ceni desviou novamente. Sandro Fonseca demorou para tocar para o gol e facilitou para Jean, que conseguiu salvar em cima da risca. "Não posso dizer que foi uma das melhores partidas do São Paulo no Brasileiro. Foi razoável", tentava ironizar Rogério Ceni. O goleiro, que falhou em lances decisivos, tinha outra preocupação ao dar entrevista na saída do campo. Ele teria pela frente as cansativas quatro horas que enfrentaria no ônibus na viagem de Ribeirão Preto a São Paulo. A diretoria quis economizar e não pagou avião ao time.

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