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São Paulo esboça reação, mas perde para o Santos e afunda no Brasileirão

Tricolor chega perto de empatar o jogo após ver rival abrir 3 a 0 na Vila Belmiro, mas é derrotado e cai para o penúltimo lugar

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

O técnico Dorival Junior será apresentado nesta segunda-feira como substituto de Rogério Ceni com o desafio de achar um rumo para o São Paulo no Campeonato Brasileiro. Após a derrota para o Santos por 3 a 2 neste domingo, na Vila Belmiro, a equipe chega a sete rodadas sem vitórias e cai para a 19ª posição. Está na zona de rebaixamento pela segunda rodada consecutiva. O único alento do São Paulo foi o poder de reação: o time perdia por 3 a 0 até os 30 minutos da etapa final e conseguiu dois gols. Com três gols de Copete, o Santos encerra sequência de dois jogos sem vitória e volta ao G-4.

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Copete é uma espécie de algoz do time do Morumbi, pois já marcou cinco gols em três jogos contra o rival. O primeiro deles foi feito após falha do goleiro Renan Ribeiro. Na comemoração, o colombiano tirou a camisa e mostrou profundas queimaduras no abdômen causadas por um acidente doméstico, a explosão de uma panela de pressão quando cozinhava.

Mesmo sem ter sido apresentado, Dorival trabalhou extraoficialmente no clássico. Todo o conhecimento que ele acumulou em dois anos como técnico do Santos se transformou em orientações preciosas para o auxiliar Pintado.

Afinal, o São Paulo enfrentava uma série de manobras criadas pelo próprio Dorival. Com jogos às quartas e domingos, Levir Culpi teve pouco tempo de treinamento para implantar seu próprio estilo e utiliza o esquema anterior. Alguns exemplos: a improvisação de Jean Mota pelo lado esquerdo e Bruno Henrique pelo lado direito do ataque e os laterais atacando pelo meio. Foi difícil para o Santos entrar na área. Foram poucos lances agudos, como uma cabeçada de Lucas Verissimo aos 10 e uma chance desperdiçada por Copete na pequena área.

Uma boa notícia para os são-paulinos foi a estreia do zagueiro equatoriano Richard Arboleda. Ele cometeu poucos erros, um deles, foi o mau posicionamento no segundo gol, mas compensou ao anotar o segundo gol da equipe. Depois de ter colocado Lugano no banco, pavimentou seu caminho para se firmar como titular.

Copete marcou os três gols do Santos na vitória sobre o São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

Os dois times erraram muitos passes, principalmente na hora de definição da jogada, o que jogava toda a estratégia pelo ralo. Nesse contexto, a palavra mais repetida pelo técnico Pintado foi “capricho”.

Aos 43 da etapa inicial, em uma jogada bem trabalhada pelos lados do campo, Kayke chutou firme e Renan Ribeiro falhou, espalmando para o centro da área. Copete pegou o rebote e marcou.

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No segundo tempo, foi difícil para o São Paulo controlar o ímpeto e a intensidade do jogo santista. A bola ia de pé em pé com velocidade e movimentação. Aos oito minutos do segundo tempo, Thiago Ribeiro recupera bola no campo de defesa, Thiago Maia dá lindo drible e tocou para Kayke cruzar. Copete marcou de cabeça. Desta vez, ele não tirou a camisa para comemorar.

Aos 21 minutos, o Santos conseguiu o terceiro gol após uma grande jogada individual de Jean Mota, que colocou a bola entre as pernas de Buffarini e cruzou para Copete deslocar o goleiro Renan Ribeiro.

Com a vantagem no placar, o Santos encolheu e o São Paulo avançou suas peças. Aos 24 minutos do segundo tempo, Lucas Pratto decidiu resolver sozinho uma jogada que parecia perdida. Ele entrou driblando na área e sofreu pênalti. Na cobrança, chutou na trave.

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Pintado fez várias alterações para tentar diminuir o placar. Na primeira bola em que dominou depois de substituir Denilson, o meia Lucas Fernandes, uma das esperanças da base, chutou cruzado e Shaylon aproveitou o rebote para diminuir o placar: 3 a 1.

O alento que a equipe precisava para mostrar poder de reação veio com o zagueiro Arboleda, que foi à frente e conseguiu o segundo gol, justificando a boa atuação. Com jogadas aéreas, o São Paulo buscou o empate, mas parou na boa defesa santista. Além de lamentar o pênalti perdido por Pratto, que poderia significar o empate, o São Paulo concentra a esperança de reação na próxima partida, quando o time vai receber o Atlético-GO em casa.

Copete chamou a atenção após tirar camisa e mostrar queimaduras na barriga ao comemorar um gol. Foto: Felipe Rau/Estadão

FICHA TÉCNICA

SANTOS 3 x 2 SÃO PAULO

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Gols: Copete, aos 43 do primeiro tempo, aos 8 e 21 minutos do segundo tempo, Shaylon, aos 29, e Arboleda, aos 41 do segundo tempo.

SANTOS (4-3-3): Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Thiago Maia, Renato (Leandro Donizete) e Lucas Lima; Thiago Ribeiro (Artur Gomes), Copete (Hernandez) e Kayke. Técnico: Levir Culpi.

SÃO PAULO (4-4-2): Renan Ribeiro; Buffarini (Wesley), Rodrigo Caio, Arboleda e Júnior Tavares; Jucilei, Petros, Jonatan Gómez e Marcinho (Shaylon); Denilson (Shaylon) e Pratto. Técnico: Pintado (interino).

Juiz: Sandro Meira Ricci (SC).

Cartões amarelos: Copete, Pratto, David Braz, Jean Mota, Lucas Fernandes, Lucas Lima, Junior Tavares.

Público: 10.322 pagantes.

Renda: R$ 422.935,00.

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Local: Vila Belmiro, em Santos.

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