PUBLICIDADE

Publicidade

São Paulo passa 90 minutos sem chutar a gol e ainda perde da Ponte

Mesmo com escalação de maioria dos titulares, equipe de André Jardine mostra pouco futebol novamente

Por Renan Cacioli
Atualização:

O São Paulo de André Jardine definitivamente vive péssima fase. Na noite deste sábado, mesmo com boa parte dos titulares em campo, conseguiu passar 90 minutos do jogo contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, em Campinas, sem acertar uma finalização sequer na meta do goleiro adversário. Pior: ainda sofreu um gol em vacilo da defesa e voltou para casa com a derrota por 1 a 0, em duelo válido pela sexta rodada do Campeonato Paulista

Para quem precisa marcar, no mínimo, dois gols contra o Talleres-ARG, na próxima quarta-feira, no Morumbi, para não ser eliminado da Libertadores depois da derrota por 2 a 0 no jogo de ida, acumular 180 minutos sem balançar as redes é bastante preocupante. 

Araruna foi uma das novidades do São Paulo contra a Ponte, mas teve atuação apagada, como todo o time Foto: LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19

PUBLICIDADE

Trata-se da quarta derrota em sete jogos oficiais no ano, sem incluir na conta os amistosos da Florida Cup, o que só pioraria o retrospecto de Jardine, já que a equipe perdeu de Ajax-HOL e Eintracht Frankfurt-ALE nos EUA. O treinador, bancado momentaneamente pela diretoria, está bastante ameaçado no cargo.

No Paulistão, o resultado não muda a posição do time tricolor no Grupo D: é o líder, com nove pontos, empatado com o Oeste, que tem pior saldo (3 a 1). Já a Ponte foi para oito pontos, na terceira posição do Grupo A, que tem o Santos na ponta com 15.

1º tempo: escalação surpreende, mas São Paulo não cria

Ao contrário do que se imaginava, o técnico André Jardine poupou apenas três titulares – Bruno Peres, Jucilei e Pablo. Masis: aproveitou o jogo para fazer testes de olho no compromisso contra o Talleres. Colocou Araruna na lateral direita, em vez de Igor Vinícius (o reserva natural), e Hernanes para jogar mais recuado, como segundo volante. Na frente, no lugar de Helinho, optou por outra cria da base, Antony, recém-campeão da Copinha, e pelo uruguaio Carneiro como homem de referência na área – esperava-se que Diego Souza fosse ocupar o setor.

Porém, se a expectativa era de tirar dessa formação uma ideia nova, Jardine deve ter se decepcionado. Em 45 minutos, nenhum chute a gol (segundo o Footstats), ou ao menos uma jogada de perigo. Hernanes estava pilhado demais (levou um amarelo por reclamação), Araruna era o oposto, desligado ao extremo e, na frente, Nenê, Everton e Gonzalo Carneiro não se entendiam. Antony era o único a tentar algo diferente.

Publicidade

2º tempo: Jardine muda, time não. E ainda leva gol...

Quando o cronômetro marcava 15 minutos da etapa final, e nada havia mudado na dinâmica do São Paulo na partida, Jardine resolveu mexer. Sacou Hernanes, colocou Igor Vinícius. Assim, o time voltou a ter um lateral de origem na direita, e Araruna foi atuar no meio, também sua posição natural. Em seguida, trocou Carneiro por Diego Souza e Everton por Biro Biro.

O treinador mudou, mas sua equipe, não. O São Paulo ouviu o apito final sem ter conseguido chutar uma bola sequer no gol defendido por Ivan. Nem criou para isso. Não que a Ponte estivesse jogando bem, mas achou na bola parada a única maneira de entrar na área tricolor. E se deu bem aos 33, após cruzamento que Hugo Cabral completou já quase na pequena área de Tiago Volpi, que saiu mal da sua meta: 1 a 0. Ao fim, ficou a sensação de que Jardine ainda não encontrou a solução que tanto busca.

FICHA TÉCNICA: PONTE PRETA 1 x 0 SÃO PAULO

PONTE PRETA: Ivan; Arnaldo (Luis Ricardo), Renan Fonseca, Reginaldo e Diego Renan; Nathan e Igor Henrique; Matheus Oliveira, Matheus Vargas (Tiago Real) e Gerson Magrão; Thalles (Hugo Cabral). Técnico: João Paulo Sanches (interino).

SÃO PAULO: Tiago Volpi; Araruna, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Willian Farias, Hernanes (Igor Vinícius) e Nenê; Antony, Gonzalo Carneiro (Diego Souza) e Everton (Biro Biro). Técnico: André Jardine.

GOL: Hugo Cabral, aos 33 do segundo tempo.

Publicidade

ÁRBITRO: Raphael Claus.

AMARELOS: Arnaldo (Ponte Preta); Hernanes e Reinaldo (São Paulo).

LOCAL: Moisés Lucarelli.

RENDA: R$ 94.130,00.

PÚBLICO: 4.144 pagantes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.