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São Paulo promete ignorar pressão argentina

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Por Agencia Estado
Atualização:

O São Paulo promete ir ao ataque contra o Rosario Central, nesta quinta-feira, a partir das 20 horas, no caldeirão do Gigante de Arroyito, que deverá receber cerca de 40 mil pessoas, em Rosario. Sem medo, garantem o técnico Cuca e seus comandados. A campanha do time argentino no Campeonato Nacional realmente não sugere um jogo tão difícil - ocupa apenas a 18ª colocação entre 20 participantes -, mas o retrospecto em partidas internacionais em sua casa é surpreendente e merece atenção. Desde 1973, são 30 vitórias e 10 empates, sem derrota. Os são-paulinos, admirados pelos torcedores do Rosario, deixaram de lado aquele discurso tradicional de que um empate (ou derrota por um gol de diferença) será bom resultado. Afirmam que a intenção é decidir a vaga para as quartas-de-final da Libertadores no Brasil, na próxima quarta-feira, com vantagem considerável, para evitar surpresas. "Às vezes, você viaja achando que um empate ou uma derrota por um gol de diferença é bom, mas depois, na hora de decidir em casa, é um sufoco, um sofrimento. Por isso, vamos para ganhar", declarou Cuca. Sua preocupação tem justificativa. Embora tenha derrotado seus três adversários da primeira fase no Morumbi, o São Paulo passou aperto, principalmente contra a LDU e o Alianza Lima. Se avançar na competição, o São Paulo ficará bem perto, pelo menos na teoria, de chegar às semifinais. Pois o provável adversário da próxima fase será o inexpressivo Deportivo Táchira, da Venezuela, que derrotou o Nacional, do Uruguai, por 3 a 0, no primeiro confronto, terça-feira, em San Cristobal. "No papel, nosso adversário das oitavas é mais difícil do que será o das quartas", comentou o presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa. Preocupado em colocar o time mais à frente do que no primeiro tempo da partida contra o Guarani, no fim de semana, Cuca decidiu trocar o volante Adriano pelo meia Danilo. "Com três volantes, perdemos em criatividade", justificou. No meio-campo, apenas Alexandre e Fábio Simplício ficarão na marcação. No ataque, Grafite volta e faz dupla com Luís Fabiano, que nunca fez gol contra argentinos. Guerra? - Um fator pode ser favorável aos brasileiros. Apesar da pressão normal dos fanáticos torcedores do Rosario, o duelo é cercado por um aspecto menos bélico do que nos jogos entre brasileiros e argentinos. Os são-paulinos jogarão para um povo que já os admirou. A torcida do Rosario é grata ao São Paulo. Explica-se: o time paulista tirou o título continental do maior rival do Rosario, o Newell?s Old Boys, em 92, e eliminou novamente o Newell?s em 93. Muitos torcedores compraram, na ocasião, camisas do São Paulo, que guardam até hoje.

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