PUBLICIDADE

Publicidade

São Paulo: Reação graças a dura no time

Por Agencia Estado
Atualização:

Precisou o diretor de futebol Juvenal Juvêncio dar um puxão de orelha nos jogadores para que o "São Paulo da Libertadores" ressurgisse no Campeonato Brasileiro. A situação ainda é incômoda: o 18.º lugar, com 25 pontos - só escapa por ter saldo melhor que o do Flamengo (-1 a -7). Na véspera da partida contra o Paraná, o dirigente reuniu todos os atletas e, sem a presença do técnico Paulo Autuori, colocou o time nos eixos na marra. "Foi uma conversa de gente grande. Para o jogador funcionar tem que ser assim. Esse era o momento, já que passou o cansaço, a euforia dos títulos, a euforia de uma possível saída para o exterior... Tinha jogador com a cabeça em Tóquio. E não é assim. Tive que deixar bem claro para a, bê ou cê, que a lista para o Mundial não está fechada", contou. Foi só. Juvenal Juvêncio se negou a comentar o conteúdo do "bate-papo" com os atletas, o que classificou de "segredo militar". E aproveitou para confirmar que o goleiro Roger fica afastado do restante do elenco enquanto não acertar a sua situação. "Os clubes interessados nele são o Coritiba e o Santos, mas o São Paulo não vai abrir mão da multa rescisória dele, não - cerca de US$ 1 milhão. Conforme o campeonato vai terminando e ele não se acerta, ou os clubes pagam, ou terão de esperar até o ano que vem para poder contar com ele", explicou. O diretor de futebol do São Paulo, no entanto, acredita que a goleada sobre o Paraná (4 a 0) serviu para colocar um ponto final na crise. "O time está acordado. Os resultados que acontecerem daqui para frente, vitórias ou derrotas, não farão mais parte desse processo. Será uma coisa de cotidiano", complementou. Apesar de Juvenal Juvêncio fazer mistério em relação à reunião, o atacante Amoroso abriu o jogo. Segundo ele, o puxão de orelha foi para os jogadores sentirem um pouco mais da pressão que o São Paulo vinha sofrendo por estar na zona de risco, praticamente com a mesma equipe que foi campeã da Libertadores da América. "Foi uma conversa. Mas uma conversa diferente da que estamos acostumados nas concentrações porque os nossos adversários diretos na briga para fugir do rebaixamento haviam vencido no meio da semana", revelou. "Quando você acorda para a realidade e vê que a situação é essa, e que o time não consegue reagir, a coisa se torna delicada. E depois de conquistar dois títulos (Paulista e Libertadores), não é agradável para ninguém viver isso. Tenho certeza que essa vitória foi importante para engrenar", garantiu Amoroso. "Quem sabe as coisas não melhorem depois do clássico contra o Corinthians." Antes de pensar no arqui-rival, o São Paulo tem o Internacional, quinta-feira, às 21h30, no Morumbi, no jogo de volta da fase preliminar da Copa Sul-Americana. Uma vitória simples classifica a equipe do Morumbi. Paulo Autuori, no entanto, não deu pistas se poupará alguns jogadores. Certo mesmo é o desfalque de Cicinho, que nesta terça-feira se apresenta à Seleção Brasileira e volta apenas na partida contra o Coritiba, dia 11, no Paraná.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.