Com o time vaiado, jogadores contestados e a diretoria criticada, o São Paulo se apega aos quatro jogos restantes na primeira fase do Campeonato Paulista para não aumentar a crise. A equipe tem como próxima chance de reação o jogo contra o Bragantino, no domingo, no mesmo dia em que completará um mês sem conseguir vencer.
No momento o time está fora da zona de classificação para as quartas de final do Estadual, correndo o risco de não ficar nem entre os oito melhores da competição. Das partidas que faltam para tentar se salvar, o São Paulo jogará fora de casa com o Bragantino, depois vai receber no Morumbi a Ferroviária e o Palmeiras e encerrará a fase diante do São Caetano, no campo do adversário.
A última vitória do time no ano foi contra o São Bento, dono da pior campanha do Paulista. Um gol de Hernanes garantiu o placar magro de 1 a 0. Depois disso, a estabilidade e uma parte do projeto para 2019 ruíram. O técnico André Jardine deixou o cargo e a participação do clube na desejada Libertadores durou somente dois jogos.
As decepções da torcida chegaram ao elenco e à diretoria. O presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, assim como o diretor de futebol, Raí, viraram alvos dos são-paulinos. No domingo, antes do jogo com o Red Bull, no Morumbi, a torcida chegou a pedir a saída do ídolo Raí.
Os jogadores também são alvos da insatisfação. Um dos maiores problemas é o ataque, setor que recebeu reforços nesta temporada, mas só marcou um gol nos oito últimos jogos.
O São Paulo, no entanto, é uma equipe em transição. O clube aguarda o técnico Cuca se apresentar ao trabalho em abril, ao mesmo tempo em que estuda mexer no elenco. Para reduzir a folha salarial, a diretoria deve negociar alguns jogadores, como o atacante Diego Souza, que tem proposta do Botafogo. E a saída de Nenê voltou a ser uma possibilidade.
Desafios do São Paulo:
Ataque inoperante
O São Paulo reforçou bastante o setor, mas seus atacantes só marcaram um gol nos oito últimos jogos do time
Técnico interino
Vágner Mancini é coordenador, mas tenta reestruturar o time enquanto aguarda a chegada de Cuca, prevista somente para abril, perto do fim do Estadual
Diretoria pressionada
Críticas nos bastidores e vindas da torcida criam instabilidade no trabalho comandado pelo presidente Leco e pelo diretor Raí
Mudanças no grupo
Elenco passa por reformulações, com a possível saída de jogadores que recebem salários elevados, como Diego Souza