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Seleção atual só tem 10 remanescentes da Copa América de 2015

Jogadores 'queimados' e foco na Olimpíada explicam mudanças

Foto do author Almir Leite
Foto do author Gonçalo Junior
Por Almir Leite , Gonçalo Junior e enviados especiais a Los Angeles
Atualização:

Um ano se passou entre a Copa América realizada no Chile e a que começa no início do próximo mês nos Estados Unidos. Da seleção brasileira que parou nos pênaltis contra o Paraguai nas quartas de final e a que tentará o título da disputa em comemoração ao centenário da Conmebol e do próprio torneio – antes chamado de Campeonato Sul-Americano – muita coisa mudou. Apenas dez jogadores que fizeram parte daquele grupo estão entre os atuais 23 eleitos do técnico Dunga.

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Os "sobreviventes", que começaram a se apresentar domingo em Los Angeles para iniciar a preparação visando à estreia de 4 de junho contra o Equador, são o lateral-direito Daniel Alves, o zagueiro Miranda, o lateral-esquerdo Filipe Luís, os meio-campistas Elias, Casemiro, Willian e Philippe Coutinho e o atacante Douglas Costa. Além do lateral-direito Fabinho e do zagueiro Marquinhos, ambos com idade olímpica e presentes nas convocações para as duas Copas América.

Poderiam ser 11, mas Neymar não estará nos Estados Unidos, pois terá de descansar agora por exigência de seu clube, o Barcelona, para então defender a seleção nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto.

Daniel Alves é um dos remanescentes da Copa América de 2015 Foto: Alejandro García|EFE

A Olimpíada que se aproxima teve algum reflexo na mudança profunda no grupo promovida por Dunga. O treinador trouxe para os Estados Unidos sete jogadores com idade para tentar o ouro inédito pelo Brasil, para observá-los, testá-los e, de certa forma, já ir preparando-os para os Jogos.

Além de Fabinho e Marquinhos, foram convocados o goleiro Ederson, o zagueiro Rodrigo Caio, o lateral-esquerdo Douglas Santos, o meio-campista Rafinha Alcântara e o atacante Gabriel. Esses sete só não estarão na equipe olímpica se forem muito mal, fora e dentro de campo, na Copa América.

Mudanças. Mas há outro fator que influiu na alteração do grupo. Vários jogadores que foram ao Chile em 2015 estão hoje "queimados" com Dunga e a comissão técnica. Podem até ter nova chance na seleção, porém tudo indica que não em um futuro muito próximo.

Encaixam-se nesse critério o goleiro Jefferson, que caiu em desgraça tanto por falhar contra o Chile na estreia da Copa América de 2015 como por reclamar publicamente da escolha do treinador, o zagueiro Thiago Silva, pela mão boba que levou o Brasil à disputa por pênaltis e a posterior eliminação no jogo contra o Paraguai, e David Luiz, pelo conjunto de erros em vários dos jogos recentes da seleção. Diego Tardelli, Everton Ribeiro e Robinho também parecem que ficaram no passado.

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Dunga não comenta diretamente as mudanças por atacado. Mas não se cansa de dizer que, na seleção, jogador que bobeia perde o lugar. Para ele, que está em situação desconfortável pela fraca campanha da seleção nas Eliminatórias, o que importa no momento é montar time e grupo, que se mostre capaz de obter bons resultados. "A seleção tem de ser competitiva, mas também deve usar o talento. Temos de ter jogadores que driblam, buscam o gol, buscam o resultado", disse recentemente.

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