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Seleção de Parreira é sucesso na Europa

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Por Agencia Estado
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Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Juninho Pernambucano, Zé Roberto e Kaká; Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. É esse o time provável da seleção brasileira para os jogos contra o Peru, domingo, em Goiânia, e Uruguai, na quarta-feira, em Montevidéu. Por mais que o torcedor brasileiro possa questionar o técnico Parreira sobre a presença de um nome (Juninho), ou a ausência de outro (Robinho), é inegável que essa seleção, pelo menos para os europeus, é uma espécie de "elite da elite" do futebol mundial. Explica-se: todos esses 11 titulares de Parreira disputam ou disputaram a atual Liga dos Campeões da Europa, maior e mais rico torneio entre clubes do mundo. Esse é um privilégio exclusivo da seleção brasileira. Alemanha, Argentina, Espanha, França, Inglaterra e Itália têm titulares em suas seleções nacionais que não disputam a Liga dos Campeões. Dos 11 de Parreira, só quatro já estão fora da disputa pelo título europeu: Juan, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. Todos os outros sete ainda têm chances de serem campeões. E com o sorteio das chaves feito na última sexta-feira, sabe-se que pelo menos um brasileiro estará na decisão do torneio, que será em Istambul, na Turquia. Isso porque os vencedores do dérbi entre Inter e Milan pegarão nas semifinais o melhor do duelo entre PSV e Lyon. Todos esses quatro clubes têm brasileiros no elenco, e em posição de destaque. Parreira se orgulha. "Esse grupo que temos é a elite da elite do futebol mundial", disse o técnico. "O engraçado é que, às vezes, o povo brasileiro tem dificuldade para reconhecer o talento dos nossos jogadores lá fora. Eles são aplaudidos lá, e questionados aqui." O maior exemplo disso é o volante Emerson, muito aclamado na Itália, onde já foi campeão com a Roma e agora tenta levar a Juventus ao scudetto. E, mesmo assim, ele é muito contestado no Brasil. Outro fato que mostra a qualidade dos brasileiros na Europa: dos 11 titulares de Parreira, só o zagueiro Juan, do alemão Bayer Leverkusen, não tem mais chances de ser campeão nacional. Os outros 10 estão na disputa em seus respectivos países, alguns com mais chances (como Ronaldinho Gaúcho, do espanhol Barcelona), outros com menos (como Roberto Carlos e Ronaldo, do Real Madrid, que está a 11 pontos do próprio Barça). Na Itália, Dida, Cafu e Kaká tentam levar o Milan ao bicampeonato. O maior adversário deles é a Juventus, do volante Emerson, que volta a ter lugar de destaque na seleção brasileira. Na França, Juninho Pernambucano está próximo de uma façanha: levar o Lyon ao tetracampeonato nacional. Sendo que, antes da chegada dele, o time nunca havia sido campeão francês. Na Alemanha, Lúcio e Zé Roberto tentam dar ao Bayern de Munique o 19º título nacional na história. O maior rival é o Schalke 04, que tem como destaque o centroavante Aílton - que nunca foi chamado para a seleção brasileira e já está com 32 anos. Dentre os principais campeonatos nacionais da Europa, só no Inglês os brasileiros não têm se destacado. O Chelsea, que está disparado na ponta, com 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, não tem nenhum jogador do País no elenco. O vice-líder é o Manchester United, do volante Kleberson, e o terceiro é o Arsenal, dos também volantes Gilberto Silva e Edu. Todos os três, porém, atuaram pouco na atual temporada, por causa de problemas de contusão. Banco de luxo - Dos reservas de Parreira que atuam no exterior, só o zagueiro Luisão (do Benfica, de Portugal), o volante Renato (do Sevilla, da Espanha) e o atacante Ricardo Oliveira (do Betis, também da Espanha) não disputaram a Liga dos Campeões da Europa este ano - Maicon, Cris, Alex e o cortado Adriano participam ou participaram do torneio. Os outros cinco reservas de Parreira atuam no Brasil: o goleiro Marcos, do Palmeiras; o lateral-esquerdo Gustavo Nery, do Corinthians; o volante Mineiro, do São Paulo (chamado às pressas para o lugar do palmeirense Magrão, cortado) e o meia Ricardinho e o atacante Robinho, ambos do Santos. Este último, aliás, tem grandes chances de se transferir para o Real Madrid na metade do ano. Gustavo Nery, por sua vez, acabou de ser emprestado pelo atual campeão alemão, o Werder Bremen, ao Corinthians. Ricardinho também não teve sucesso na Europa: passou quatro meses encostado no Middlesbrough, da Inglaterra. Marcos, com 32 anos, já teve proposta do inglês Arsenal, recusou e, a princípio, não prensa em se transferir para a Europa. Já o cortado Magrão recebeu oferta do FC Moscou e só não foi para a Rússia por medo de ser esquecido por Parreira.

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