Seleção espanhola atenta com Eta

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A seleção da Espanha está cercada por forte esquema de segurança. A equipe nacional está concentrada em Valencia e se prepara para partida pelas Eliminatórias da Copa de 2002. Para evitar qualquer ação do Eta, grupo separatista basco, a federação de futebol local pediu reforço policial e medidas de vigilância mais duras no hotel El Saler, o quartel-general do time. "Já tivemos ameaças de bombas em outras ocasiões", disse o gerente do hotel, Antonio Pastrana. "Mas, desta vez se trata de ameaças diretas a jogadores. Por isso, redobramos o esquema de segurança". Pastrana refere-se ao fato de que os terroristas do Eta prometeram retaliações contra atletas de origem basca que se recusarem a contribuir com o "imposto revolucionário" como é chamado o dinheiro exigido para financiar ações do grupo. "O governo se solidariza com os esportistas e garante que terão nossa colaboração", avisou Jose Antonio Gomez Angulo, ministro dos Esportes. O Hotel El Saler só tem aceitado hóspedes com reservas feitas há dias. A cafeteria e o restaurante estão fechados para quem não esteja hospedado no estabelecimento. Jornalistas só entram na sala de imprensa e há mais seguranças particulares e policiais acompanhando os jogadores. O temor cresceu desde que, na terça-feira, uma emissora de televisão do País Basco, no Norte da Espanha, divulgou documento interno do Eta em que se confirmavam ações de extorsão contra esportistas de origem basca. O único que teve coragem de denunciar esse tipo de coação foi o francês Bixente Lizarazu, jogador do Bayern Munique e que tem raízes na região.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.