PUBLICIDADE

Publicidade

Seleção fica no empate com o Peru

Por Agencia Estado
Atualização:

Desta vez, nem o oportunismo e a experiência de Romário salvaram a renovada seleção brasileira de Emerson Leão de um vexame. O centroavante do Vasco marcou aos 20 minutos do segundo tempo, mas a seleção peruana empatou 12 minutos depois. O 1 a 1 de hoje à noite, no Morumbi, foi uma das piores apresentações do Brasil, que segue em quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo, com 21 pontos, atrás de Argentina (29 pontos), Paraguai (23) e Equador (22). O Peru tem 12 pontos e ocupa a sétima posição. As arquibancadas, em coro, pediram a saída de Leão. Em sua primeira partida pela seleção brasileira no estádio do Morumbi, Romário tentou controlar a situação, pedindo apoio dos torcedores paulistas, antes do início do jogo. O artilheiro das eliminatórias sul-americanas, com oito gols, deu-se por vencido ao resumir a situação ao final da partida. "O momento não é fácil", disse. "Se as eliminatórias terminassem hoje, estaríamos classificados. Mas hoje ninguém mais tem respeito pela seleção brasileira. Não há mais adversário fácil. Temos de jogar mais futebol". O incentivo pedido por Romário aos torcedores paulistas durou apenas a primeira meia hora de jogo. O time brasileiro tentou impor um jogo veloz, mas deixou o gramado sob vaias. Leão não quis falar com os jornalistas antes da entrevista coletiva obrigatória. A torcida pedia sua saída. O entrosamento dos corintianos Marcelinho, Ricardinho e Ewerthon, uma das aspostas do técnico no jogo de hoje, não funcionou. Para piorar, Romário, lento, foi bem marcado, Vampeta errou muitos passes e Leomar não encontrou sua posição em campo. O Brasil criou apenas uma real oportunidade de gol no primeiro tempo. Aos 40 minutos, Ewerthon avançou pela direita com a bola dominada, driblou um jogador peruano e cruzou para Marcelinho chutar, na grande área. Miranda defendeu. No intervalo, Leão trocou Marcelinho por Juninho Paulista. E, por ter cortado França e Edílson da relação de atletas que ficaram no banco de reservas, o técnico tinha como opção para o ataque apenas Washington, jogador da Ponte Preta. O técnico peruano, Julio Cesar Uribe, não deixou por menos. Trocou os atacantes Muchotrigo e Maestri por Mendoza e Pizarro. O time voltou nervoso para o segundo tempo e encontrava dificuldades para chegar ao gol de Miranda até que Vampeta tocou para Romário que, sozinho na grande área, driblou o goleiro e fez 1 a 0. O gol do Brasil não intimidou a seleção peruana, que foi ao ataque. Leão trocou o meia Ricardinho pelo volante Mineiro. Foi vaiado, chamado de burro e, o pior: aos 32 minutos, o zagueiro Pajuelo aproveitou cruzamento de Tempone e, de cabeça, empatou o jogo. As vaias e os gritos de "burro, burro" e "fora, Leão" dominaram o Morumbi. Leão tentou consertar o erro de ter tirado um jogador de criação para colocar um volante e colocou Washington no lugar de Vampeta. O Brasil ainda criou oportunidade com Washington e uma com Juninho Paulista, mas já era tarde. Os torcedores atiraram no campo as bandeirinhas de plástico que receberam na entrada do estádio. E a situação de Emerson leão no comando da seleção brasileira ficou dramática. Como o jogo de hoje.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.