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Seleção institui ?mutirão? pró- Ronaldo

Por Agencia Estado
Atualização:

O multirão para ajudar Ronaldo continua. Agora, além de tentarem passar a bola para o atacante desencantar em campo, os demais jogadores da Seleção criaram uma espécie de escudo para o Fenômeno. É como um pacto. Nas entrevistas, todos fazem questão de exaltar as qualidades de Ronaldo. E sobre sua vida extra-campo, a ordem foi a seguinte: ninguém deveria comentar a suposta gravidez da mulher do atacante, Daniela Cicarelli - já desmentida pela assessoria de imprensa da apresentadora. Antes de os assessores de Daniella se pronunciarem, o assunto foi encarado como tabu na delegação brasileira. Nem os assessores de imprensa da Seleção quiserem comentar. Rodrigo Paiva, chefe da assessoria e ex-assessor particular de Ronaldo, nem quis ouvir a pergunta. "Não falo sobre isso", disse ele. Os jogadores também não abriram a boca. E como Ronaldo não dá entrevistas e nem vem a público para esclarecer a situação, a polêmica continuou. "Não falo sobre a vida do Ronaldo e não gosto de perguntas polêmicas", adianta Roberto Carlos. "Mas aqui as coisas funcionam da seguinte forma: se mexe com um, mexe com todos. Na festa, todos celebram. Nos momentos difíceis, todos se ajudam. É por isso que me orgulho de fazer parte desta Seleção". Para o lateral, os problemas extra-campo de Ronaldo não estão interferindo em seu futebol. "É impossível um jogador de Seleção tremer na base". Roberto Carlos completou: "Só peço que as pessoas tenham paciência, não só com o Ronaldo, mas também com o Kaká, o Robinho... esses jogadores, se erram um passe, logo vêem um batalhão de críticas. Não pode ser assim". Na semana passada, quem puxou o coro a favor de Ronaldo foi o xará Gaúcho. O craque do Barcelona dizia que correria "dobrado" para deixar o atacante do Real Madrid na cara do gol. No jogo contra o Peru, várias chances foram criadas para Ronaldo, mas, ironicamente, foi ele quem deu o passe para o gol do Brasil, ao servir Kaká. "Criticam o Ronaldo, mas ninguém fala que foi ele quem deixou o Kaká na cara do gol", disse o técnico Carlos Alberto Parreira. Questionado se poderia substituir Ronaldo durante o jogo contra o Peru, Parreira disse: "Se precisasse tirar, eu tiraria. Mas isso nem passou pela minha cabeça". O técnico fez questão de deixar claro que não se sente obrigado a escalar o Fenômeno como titular. Explicou que apenas faz o que acha que deve ser feito. "Eu não tenho que colocar o Ronaldo, mas eu acho que eu tenho colocar o Ronaldo". O fato é que o Fenômeno vem monopolizando as atenções na Seleção desde a semana passada. Em Teresópolis (RJ), onde o time de Parreira treinou por quatro dias, o boato que correu foi de que Ronaldo teria escapado da concentração para se encontrar com Daniela Cicarelli. Tanto a assessoria da Seleção como a da modelo negaram. "Se ele tivesse feito isso, seria cortado", disse Rodrigo Paiva.

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