PUBLICIDADE

Seleção surpreendeu até os políticos

Por Agencia Estado
Atualização:

A goleada aplicada no Chile e que garantiu antecipadamente a presença do Brasil na Copa de 2006 surpreendeu as poucas autoridades que foram neste domingo ao estádio Mané Garrincha acompanhar a Seleção. Pouco antes de começar o jogo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, apostava em uma vitória do Brasil por dois a zero, mesmo palpite do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, do deputado federal Paulo Delgado (PT-MG) e do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Luiz Otávio. Mas aos 26 minutos do primeiro tempo o atacante Adriano já fazia o terceiro gol brasileiro e mostrava que, em se tratando de seleção brasileira, os políticos nacionais estavam sendo excessivamente conservadores. Três minutos depois, o presidente do Senado mal comemorou o gol, como se não acreditasse no que estava vendo. "Foi uma grata surpresa, especialmente porque das últimas três eliminatórias da Copa essa foi a primeira vez em que a seleção brasileiras se classificou por antecipação", disse Renan Calheiros, que não queria falar sobre política, apenas afirmou, após questionamento dos repórteres, acreditar que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, acusado de receber propina de um restaurante concessionário da Casa, "é o maior interessado em que tudo seja plenamente esclarecido". A grande ausência do jogo entre os políticos foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas se o aficionado Lula não foi ver a seleção golear os chilenos, dois de seus filhos (Sandro e Luiz Cláudio) foram vistos por lá. Embora o senador Paulo Octávio (PT-DF) e diretor do departamento de Assuntos Legislativos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Vanderbergue Machado, afirmassem não ter visto os filhos de Lula, alguns seguranças da área VIP confirmaram sua presença. De qualquer forma, a passagem deles pelo Mané Garrincha - cuja possibilidade já era considerada nos bastidores, mas não confirmada oficialmente pelo Palácio do Planalto - foi bastante discreta. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, lamentou a ausência de Lula. "É uma pena que ele não tenha vindo, mas ele tinha outros afazeres que o impediram", disse Teixeira, que demonstrou alguma irritação quando questionado se Lula não veio por conta da crise que política enfrentada pelo seu governo: "Sou presidente da CBF, falo somente de futebol". Estiveram também presentes no jogo três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) - Eros Grau, Sepúlveda Pertence e Joaquim Barbosa -, o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, e o senador Heráclito Fortes (PFL-PI).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.