Seleção terá de lutar contra ansiedade

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Por Agencia Estado
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O técnico Carlos Alberto Parreira já sentiu em seus jogadores alguma ansiedade para decidir a partida contra o Chile o mais rapidamente possível, no melhor esquema de abafa que a seleção brasileira poderia impor a um adversário e como a torcida gosta. Mas não é isso o que ele quer no domingo em Brasília. Uma vitória por qualquer marcador carimba o passaporte do Brasil para o Mundial da Alemanha, conquista que coroa campanha iniciada lá atrás quando o time de Parreira estreou nas Eliminatórias com vitória por 2 a 1 diante da Colômbia, em Barranquilla, no dia 7 de setembro de 2003. Os jogadores querem liquidar a fatura e garantir a vaga o mais rapidamente possível. Não deixarão a chance escapar. Parreira quer também a vitória, mas sem desespero. "Atacar desesperadamente não é a nossa característica. Temos de procurar tocar a bola o tempo todo para envolver o adversário. Ainda não sabemos exatamente como o Chile irá jogar, pois ontem eles começaram o treinamento num 4-4-2 e depois mudaram para um 3-5-2, com três zagueiros. Temos de ter cautela e paciência e não querer resolver tudo nos primeiros minutos de jogo", alerta o treinador, que bateu nesta tecla a semana toda em Teresópolis. Parreira deu nesta sexta-feira seu último coletivo antes da partida contra o Chile. Fez 50 minutos. Voltou a comentar sobre a necessidade de a seleção trabalhar com a bola nos pés, pediu atenção nos contragolpes chilenos, mas liberou seu time para atacar. O drama de Parreira para conter tamanha euforia deve ir somente até o primeiro gol do Brasil, quando se espera depois disso que o Chile abra mão de qualquer esquema defensivo e tente os três pontos. É nisso que Parreira aposta. Com um quarteto de frente formado por Kaká, Robinho, Ronaldo e Adriano é difícil imaginar uma zaga capaz de impedi-los de macar durante 90 minutos. O Chile vem com essa proposta. Parreira teme ainda que Robinho se junte a Ronaldo e Adriano mais à frente e fiquem os três isolados, sem receber a bola. Por isso, pede para que Robinho contenha um pouco sua ânsia de atacar e ajude Kaká a armar as jogadas. O que não quer dizer que a nova sensação do futebol espanhol ficará preso às suas funções táticas. "Tanto ele quanto Kaká estão liberados para mudar de lado em campo e atacar. Só quero um pouco mais de atenção e empenho dos dois na armação." Robinho já disse que gostaria de estar mais à frente, onde vinha atuando no Santos e onde está agora no Real, mas está disposto a ajudar a seleção em busca da vaga. Após o treino desta sexta, a delegação seguiu para Brasília em vôo fretado. Após o jogo, o elenco segue para Madri. A seleção fará um amistoso na terça-feira com o Sevilla, em Sevilha, em comemoração ao centenário do clube espanhol. A TV Cultura mostra a partida ao vivo, a partir das 17 horas.

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