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Seleção treina sob sol em Leverkusen

Por Agencia Estado
Atualização:

O ritmo modorrento da tarde de domingo em Leverkusen foi quebrado pela seleção. A temperatura saltou dos 12 graus do sábado para 23, o céu abriu, o sol apareceu e a cidade se agitou para ver o treino do Brasil no estádio do Bayer. Como os portões foram liberados, em torno de 15 mil pessoas invadiram o Bay Arena para ver Ronaldinho Gaúcho, Robinho e companheiros em ação. Com direito até a uma mal-ajambrada batucada de escola de samba formada por "nativos" e que tem base em Colônia. O treino não foi nada excepcional - uma movimentação tática, com cara de coletivo, em que Parreira aproveitou para testar aquela que deve ser a formação para pegar a Grécia, na estréia na Copa das Confederações. Mesmo assim, serviu para encher os olhos de alemães, e uns poucos brasileiros, que tiveram um programa diferente no fim de semana. A cada toque mais elaborado dos campeões do mundo, as arquibancadas explodiam em aplausos. Havia muitas mulheres e crianças. Emerson, que já foi da casa (de 1997 a 2000), assim como Juan e Roque Júnior, que atuam no Bayer, foram muito incentivados. Mas Ronaldinho Gaúcho roubou a cena. Os malabarismos do astro do Barcelona encantaram o público, que não pagou nada para ver os artistas em ação. Como quem já sabe seu valor e está acostumado a ser centro de atenções, pareceu divertir-se com o encantamento dos fãs. "É muito bom ter as pessoas do nosso lado", comentou o craque, que ainda se divertiu com a batucada do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Colônia, formado por alemães que curtem o ritmo brasileiro. Alguns mostraram cadência e gingado; outros, só boa vontade e enorme simpatia pelo som, mas sem muita intimidade com os instrumentos. Intimidade com a bola e confiança no time não faltam para Ronaldinho Gaúcho. Em sua avaliação, a derrota para a Argentina não alterou o astral nem dele e nem o de seus companheiros. "A confiança é enorme", garantiu, com bom humor, mas contido. "Tudo que não fizemos certo em Buenos Aires tem de ser corrigido aqui", reforçou. "E é o que pretendemos fazer nesta competição", prometeu, relaxado com a promessa dos dirigentes do Barça de que terá quatro semanas de férias assim que o Brasil encerrar sua participação no torneio alemão. Parreira também fez sua parte. Como havia prometido pela manhã, mandou a campo formação idêntica àquela que se apresentou no Monumental de Núñez, embora com a ausência de Cafu, Roberto Carlos e Adriano (que se junta ao grupo ainda neste domingo). O time titular teve Dida; Belletti, Lúcio, Roque Júnior e Gilberto; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Júlio Baptista. O técnico insistiu para os reservas jogarem fechados e marcarem forte. Com isso, queria ver como se saía o time principal. Ele parou o treino várias vezes para orientar os jogadores e distribuí-los em campo de acordo com o que imagina ver daqui para a frente.

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