Publicidade

Sem campo, corintianos se rebelam

A falta de campo na capital para a disputa do Torneio Rio-São Paulo abriu uma guerra entre a diretoria e os jogadores do Corinthians.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A falta de campo na capital para a disputa do Torneio Rio-São Paulo abriu uma guerra entre a diretoria e os jogadores do Corinthians, que nesta quarta-feira estréia na Copa do Brasil contra o River, em Teresina. Depois do empate por 2 a 2 contra o Etti Jundiaí, domingo, em Piracicaba, os atletas e o técnico do campeão paulista, Carlos Alberto Parreira, criticaram as condições do gramado do Estádio Barão de Serra Negra. Para o vice-presidente de Futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, a reclamação dos jogadores é improcedente. "Reclamar do campo é tentar achar desculpa para o fraco futebol. Se o campo estava ruim, prejudicou os dois times. Um dia falam do campo, no outro é a chuva, depois vem o sol, o vento. Temos de parar de reclamar e jogar futebol", reagiu o dirigente, que não gostou também de ouvir os jogadores falarem mal do campo do Canindé na vitória sobre o Americano por 2 a 0, dia 26. "Disseram que foi difícil vencer a partida, porque o campo do Canindé é pequeno e facilitou a retranca do adversário." Mas os jogadores continuam achando que se o Corinthians tiver que voltar a mandar seus jogos no interior terá que pesquisar melhor o local da partida. ?Antes de mandar a gente jogar, é preciso ver se o campo é bom", disse Gil, um dos jogadores mais técnicos da equipe. O zagueiro Scheidt defende a posição do companheiro, e disse ainda que o ideal mesmo é o Corinthians mandar seus jogos na capital. "Atuar em São Paulo, mais perto da torcida, continua sendo a preferência", afirmou zagueiro. Citadini admitiu hoje que o Corinthians não tem local para mandar seus próximo jogos pelo Torneio Rio-São Paulo. Depois de enfrentar o América, sábado, no Rio, o Corinthians jogará contra a Portuguesa, dia 17, mas o mando será da Lusa. A partida seguinte, contra o Bangu, dia 23, é que terá o mando do Alvinegro. Nesse caso, poderá haver o impasse. O Pacaembu não pode ser utilizado, por causa das placas de publicidade, e o Barão de Serra Negra foi vetado. "Ficamos decepcionados com o público. Dez mil pagantes foi muito pouco. Agora, o Corinthians só vai jogar no interior onde houver a garantia de uns 20 mil torcedores", disse Citadini, que afastou a hipótese de o time jogar no Parque São Jorge, com capacidade para 18 mil lugares. "O alambrado fica muito perto do campo", afirmou o dirigente. A delegação do Corinthians viajou nesta segunda-feira à tarde para Teresina. Após o jogo contra o River, o time paulista seguirá quinta-feira para o Rio. O objetivo do Corintians quarta-feira é vencer por dois ou mais gols de diferença para evitar o jogo de volta. Parreira vai escalar Doni, Édson Canhão e Deivid, nos lugares de Dida, Kléber e Luizão, respectivamente, que viajaram com a seleção para a Arábia Saudita.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.