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Sem Cristiano Ronaldo, City e Real decepcionam e ficam no 0 a 0

Empate com gols na partida de volta classifica equipe de Manchester para a final da Liga dos Campeões

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Por Gabriel Melloni
Atualização:

No confronto de duas das melhores equipes do futebol mundial, na briga pela sonhada vaga na decisão da Liga dos Campeões, esperava-se que Manchester City e Real Madrid fizessem nesta terça-feira, na Inglaterra, um grande jogo pela abertura das semifinais do torneio. Mas desde antes do apito inicial, com o anúncio do desfalque de Cristiano Ronaldo, a partida decepcionou. As equipes não mostraram o futebol que lhes é característico e não saíram de um empate sem graça por 0 a 0.

Se a partida decepcionou, as emoções devem ficar para a volta, já que o confronto ficou totalmente aberto com este empate. No dia 4 de maio, no Santiago Bernabéu, o Real Madrid receberá o City precisando de uma vitória simples para chegar a mais uma decisão. Ao time inglês, basta um empate com gols.

Mesmo sem Cristiano Ronaldo, Real Mdrid exigiu bastante do goleiro Joe Hart em partida de ida da semifinal da Liga dos Campeõs Foto: Jason Cairnduff|Reuters

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A tendência é que Cristiano Ronaldo volte para a partida, até porque fez muita falta nesta terça-feira. É bem verdade que o Real teve mais posse e assustou mais, principalmente no segundo tempo, quando Hart impediu a derrota inglesa, mas ficou muito abaixo do que está acostumado a mostrar.

Assim como o City, que pareceu assustado com a importância do duelo e sequer levou perigo ao gol de Navas ao longo dos 90 minutos. Com ambos os times sem criatividade, o primeiro chute na direção do gol saiu somente aos oito minutos do segundo tempo. Jesé, de cabeça, ainda acertou o travessão na reta final, no único momento de pressão do Real.

O JOGO No primeiro tempo, o destaque ficou somente por conta da festa da torcida do City. Vendo a equipe na semifinal da maior competição europeia pela primeira vez, armou um lindo mosaico com o nome do clube e cantou tão alto a canção "Hey Jude", dos Beatles, que abafou o som do tradicional hino da Liga dos Campeões.

E foi só isso. Sem Cristiano Ronaldo, a criatividade também ficou do lado de fora do gramado e o que se viu no primeiro tempo foi um confronto de baixíssima qualidade técnica, muita marcação no meio de campo e sequer uma finalização na direção do gol. Para piorar, David Silva, cérebro do City, precisou deixar o campo sentindo um problema físico.

Mas na volta do intervalo, o cenário melhorou um pouco. Logo no primeiro minuto, Agüero recebeu ótima bola de Fernandinho e bateu firme de esquerda, de fora da área. A bola passou por cima, sem grande susto para Navas, mas foi o lance de maior perigo da partida até então. Aos oito, o Real respondeu com Sergio Ramos, que aproveitou cobrança de escanteio e cabeceou firme, testando Hart pela primeira vez.

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Só que a evolução no início do segundo tempo não passou de ameaça. Nenhuma das equipes estava disposta a arriscar e o confronto acontecia todo entre as duas intermediárias. Mesmo em chutes de longa distância, as tentativas eram esporádicas, como aos 20, quando Kroos arriscou para fora.

O Real passou a controlar a posse de bola, o que gerou vaias da torcida rival. E em uma rara escapada pela direita, aos 25 minutos, Lucas Vázquez tocou para Carvajal, que foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Jesé. O atacante finalizou firme, a bola encobriu Hart e bateu no travessão.

Foi o suficiente para inflamar um pouco o Real, que viu Modric tentar de longe dois minutos depois, mas jogar longe. Aos 29, foi a vez de Bale receber na intermediária, pedalar para passar por Kompany e bater colocado de esquerda, assustando Hart.

O Real parecia finalmente encontrar alguns espaços para avançar e pressionou o City na reta final. Se não fazia sequer uma boa atuação, aproveitava o desempenho ainda pior do adversário para crescer na bola aérea. Aos 33, Modric cobrou escanteio e Casemiro cabeceou para o chão. Hart pegou com a perna. A receita se repetiu aos 36, quando Bale desviou, Pepe apareceu sozinho e finalizou firme, mas novamente o goleiro inglês impediu a abertura do placar.

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