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Sem divisão até 2015, CSA se reestrutura e quer coroar trabalho com título da Série C

Equipe disputa neste sábado a decisão contra o Fortaleza, no estádio Rei Pelé, em Maceió

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Por Filipe Strazzer e Éros Mendes
Atualização:

O fim de semana pode ser histórico para o futebol alagoano. Por volta das 21h deste sábado (21), ao término da segunda partida da final da Série C entre CSA e Fortaleza, no estádio Rei Pelé, os atletas e torcedores azulinos flertam com a possibilidade de conquistar o primeiro título nacional do Estado. No jogo de ida, a equipe venceu por 2 a 1 fora de casa e atua agora por um empate para ser campeã.

+ Veja como foi o primeiro jogo da final da Série C A chance da conquista representa o renascimento do Centro Sportivo Alagoano (CSA), fundado em sete de setembro de 1913. Há dois anos, em 2015, o time estava adormecido no cenário nacional. Sem divisão, era difícil acreditar que em 2017 a equipe comandada pelo técnico Flávio Araújo teria a melhor campanha da Terceira Divisão. Ao todo, até o duelo derradeiro contra o Fortaleza, foram 23 jogos, com 12 vitórias, oito empates e três derrotas. 

Após reestruturação, CSA busca título nacional inédito Foto: Pedro Chaves/Fortaleza E.C

O sucesso em campo pode ser atribuído à gestão fora das quatro linhas. Sob a batuta do presidente Rafael Tenório, o clube se reestruturou. Atualmente, a maior fonte de receita é o programa de sócio-torcedor com 5 mil associados em dia. Há também patrocínio master na camisa e a quarta melhor média de público da terceirona, com 8.075 torcedores em jogos como mandante. Mas, de acordo com o mandatário, o panorama era bem diferente há alguns anos. "Como o CSA estava falido, precisava que se injetasse recursos dentro do clube e eu injetei para poder honrar os compromissos", revela. "Todas as vezes em que são feitos aportes financeiros, o Conselho toma conhecimento e tudo é aprovado em assembleia. O objetivo é tornar o CSA um clube-empresa. Assim, no futuro, quando a instituição estiver se pagando, a gente pode reaver os valores que foram injetados", acrescenta o cartola. O mesmo expediente foi feito no Palmeiras na gestão de Paulo Nobre. O clube tenta hoje quitar as pendências com o ex-presidente. Com as finanças em dia e a vaga na Segundona assegurada, a meta é manter a estabilidade nos próximos anos. Para dar melhores condições de trabalho aos profissionais, também existe o plano da construção de 20 apartamentos, que servirão como concentração. "Para 2018, já concluímos o planejamento estratégico. A ideia é fazer uma boa campanha na Copa do Nordeste, brigarmos pelo título alagoano, pois há muito tempo não conquistamos. Na sequência, estudar o primeiro turno da Série B. Assim, dependendo da situação, vamos poder pensar em algo maior, que seria uma classificação para a Série A".

Camisa 10, Daniel Costa é considerado o maestro do Azulão Foto: Jonathan Lins/RCortez/CSA

BICHO GORDO Atualmente, a folha do clube gira em torno de R$ 550 mil por mês, enquanto o teto salarial é de R$ 25 mil. Mas para não abalar a harmonia do plantel, Tenório diz que não gosta de grande discrepância na remuneração dos jogadores. "Temos somente dois atletas que recebem o teto. Procuro equilibrar bastante para não haver posições de desconforto dentro do grupo". Neste sábado, em caso de vitória diante do Fortaleza, o elenco terá premiação pela conquista. Embora não tenha revelado valores, Tenório disse que já está com o montante separado para, se for o caso, entregar aos jogadores. "Fiz um juramento que não iria revelar. Mas o bicho é gordo (risos). Já estou com ele guardado. Quero entregar na segunda-feira, em um jantar que pretendemos fazer com os atletas e as famílias. Já está tudo pronto. Sou um homem que faz as coisas, programo mesmo, porque acredito. Vai ficar bonito", disse Padrão Rafael Tenório.

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