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Sem Léo, problemas de Oswaldo aumentam

Lateral-esquerdo sente dores no joelho e já foi vetado. Por causa disso, Oswaldo de Oliveira - que já tem dificuldades para agüentar a pressão - ganha mais um problema.

Por Agencia Estado
Atualização:

Se já não bastassem os problemas que Oswaldo de Oliveira está enfrentando para se manter no cargo, nesta segunda-feira ele adicionou outro: o lateral-esquerdo Léo é o mais novo desfalque santista e não viajará na quarta-feira para o Equador. Ele vinha reclamando de dores na parte posterior do joelho direito e o médico Carlos Braga decidiu poupá-lo durante dez dias para a recuperação completa, depois de diagnosticar um hematoma ósseo no local. Léo é um dos principais jogadores, cumprindo a função de fazer a marcação pelo lado esquerdo e auxiliar o ataque em suas rápidas avançadas. Além disso, é o único lateral-esquerdo inscrito na Libertadores e Oswaldo de Oliveira terá de improvisar, armando provavelmente sua defesa com três zagueiros, com Ávalos - que até esta segunda-feira à tarde era dúvida por conta de dores no quadril - poderá ser deslocado, atuando mais à esquerda. Antônio Carlos, que treinou com bola nesta segunda, pode também voltar ao time. Fabinho, Paulo César e Zé Elias (que fez artroscopia na semana passada) não viajarão. Outra dúvida é a escalação de Henao no gol. Essa era a intenção anunciada por Oswaldo de Oliveira, que havia confirmado o goleiro para os jogos disputados em grandes altitudes, mas no domingo ele revelou em entrevista a um programa esportivo da TV Santa Cecília que ainda não se decidiu. "Estou sentindo o Henao muito intranqüilo e vou conversar com ele", disse o treinador. O mais provável, porém, é que Mauro seja escalado. E Oswaldo conversou bastante nesta segunda com o gerente de futebol, Luís Henrique de Menezes. Foi uma reunião de aproximadamente quatro horas e, como Oswaldo de Oliveira não concedeu entrevista, o que foi tratado nesse encontro permanece um mistério. Problemas - Oswaldo continua técnico santista, mas já não demonstra a mesma calma e tranqüilidade de sempre. Ele estava nervoso na entrevista coletiva depois do jogo de domingo, em que o time venceu por 2 a 0 a União Barbarense. Pouco mais tarde, no mesmo programa de TV, o treinador fez um comentário de quem começa a perder a paciência: "tenho um saquinho do lado e vou colocando todos os meus problemas lá, mas uma hora enche e estoura". O clima de Oswaldo de Oliveira com a torcida está se deteriorando e uma vitória quinta-feira contra a LDU pode melhorar sua situação, assim como uma derrota pode colocar em risco a classificação para o torneio mais importante do primeiro semestre e também o cargo do técnico. O problema maior é que o torcedor está vendo o time com a mesma cara do treinador: muito calmo, sem vibração e empenho. Se Oswaldo tem problemas com a torcida, o mesmo não se pode dizer do grupo de jogadores, que está fechado com ele. Isso pode até mesmo complicar sua saída, pois uma troca agora por um profissional do mesmo nível pode causar um grande mal estar no elenco. Por conta disso, o clube espera a oportunidade para ter Bianchi ou mesmo a volta de Leão ou Luxemburgo. A segunda-feira foi um dia confuso na Vila Belmiro, com uma mudança no esquema da viagem para o Equador em cima da hora. Tanto que os jogadores chegaram de táxi ou de carona, malas na mão, e logo iam sendo informados pelos jornalistas de que o embarque foi adiado. O time vai para Guaiaquil na quarta cedo e treina nessa cidade equatoriana a nível do mar no período da tarde. Na quinta, poucas horas antes do jogo contra a LDU, viaja para Quito para enfrentar a altitude de 2.800 metros.

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