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Sem modéstia, Blatter afirma: 'Tento domar o monstro do futebol'

Dirigente exalta sua própria trajetória de 17 anos à frente da Fifa

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Por Redação
Atualização:

Prestes a concorrer a seu quinto mandato à frente da Fifa, o suíço Joseph Blatter fez um balanço de seus 17 anos como presidente da entidade. Sem falsa modéstia, ele celebrou os rumos que o futebol tomou neste período, exaltou o alcance que a modalidade tem atualmente e classificou esta grandiosidade como "um monstro". Em entrevista ao jornal suíço 20 Minutos, Blatter revelou que seu antecessor no cargo, o brasileiro João Havelange, um dia lhe disse: "Sepp, você criou um monstro". Sem pestanejar, o atual presidente revelou ter respondido: "Sim, mas eu tento domar este monstro". O suíço salientou o crescimento nos valores recebidos pela Fifa, principalmente graças à negociação dos direitos de transmissão para a televisão. Em busca de mais uma reeleição, ele falou sobre a evolução da modalidade e citou o fato de a entidade ter obtido um lucro superior a US$ 2 bilhões (cerca de R$ 6,8 milhões) pela primeira vez em 2014.

Com apoio da CBF, Blatter tentará o 5º mandato consecutivo na presidência da Fifa Foto: Fabio Motta/Estadão

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Blatter lembrou da pesquisa de uma revista alemã, que estimou que 1,6 bilhão de pessoas ao redor do mundo estão ligadas ao futebol de alguma forma, para comentar sobre o crescimento do esporte. "Este poder do futebol é maravilhoso, mesmo que ao mesmo tempo seja assustador."

O jornal suíço fez questão de esclarecer que Blatter impediu que fossem feitas perguntas sobre a próxima eleição presidencial da Fifa, que acontecerá no próximo dia 29. "Eu sou o presidente, não um candidato", disse o suíço, que será um dos candidatos. "É por isso que não quero falar sobre a votação."

O atual mandatário vai concorrer com o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, com o ex-jogador de futebol português Luis Figo e com o holandês Michael van Praag. Depois de tanto tempo no poder, Blatter não parece disposto a deixar o cargo.

Perguntando sobre o motivo de não ter preparado um sucessor, como ele próprio foi preparado por João Havelange, Blatter respondeu de forma ríspida: "Havelange nunca treinou um sucessor, o sucessor se construiu sozinho".

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