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Sem público, Santos joga pouco e goleia

Mesmo com as arquibancadas do Estádio Anacleto Campanella vazias, o Santos comemorou vários gols neste domingo: venceu por 4 a 1 o Paysandu, já candidato ao rebaixamento.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ninguém viu das arquibancadas a goleada do atual campeão na rodada de estréia do Campeonato Brasileiro de 2005. Com portões fechados, o Santos derrotou o Paysandu por 4 a 1. Os jogadores do time paraense e o juiz Clever Assunção Gonçalves tiveram uma sensação diferente, neste domingo, quando subiram a escadaria de acesso ao gramado do Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. Não foram vaiados. O Santos cumpriu um jogo de suspensão, impsto pela CBF. ?Faz até eco quando a gente fala?, afirmou, antes da bola rolar, o atacante Robinho, que logo aos dois minutos descobriu o lateral Léo, entrando livre na área do Paysandu. O jogador santista trombou com um zagueiro adversário, mas, talvez pela falta de público, pouco reclamou. De qualquer ponto do estádio era possível ouvir as orientações, xingamentos e reclamações dos técnicos. O juiz chegou a interromper a partida para repreender o banco do Paysandu. Isto fez com que o técnico santista Gallo chamasse seus jogadores para perto de si para passar as instruções. O goleiro Ronaldo, do Paysandu, acostumado ao calor do Mangueirão, em Belém, mostrou logo que sentiu o clima frio. Aos 4 minutos, após um recuo, saiu jogando errado com os pés e proporcionou a cabeçada certeira de Deivid para abrir o placar. De bom humor, o centroavante comemorou ?procurando? a torcida, com a mão na altura da sobrancelha. Em ritmo de treino de luxo para as duas equipes, a partida só voltou a se agitar aos 20 minutos, quando o árbitro marcou pênalti a favor do Santos. O zagueiro Tanajura tocou a mão na bola. O lance rápido poderia causar alguma polêmica, mas não no vazio Anacleto Campanella. Robinho bateu com categoria: 2 a 0. Mas não deu tempo de festejar. No minuto seguinte, o zagueiro Leonardo desviou contra o gol de Henao: 2 a 1. ?Está difícil ter empolgação?, disse Deivid, no intervalo, ainda sentindo a falta do torcedor. Parecia que só o técnico Paulo Campos, do Paysandu, não perdia o entusiasmo. ?O jogo está bom. Tivemos falta de sorte no primeiro gol, mas estamos indo para cima do campeão. Vamos ver o que acontece na etapa final.? O time, fraco tecnicamente, até se empolgou, mas parou na atuação do goleiro santista Henao, que fez boas defesas. O lateral-esquerdo Léo, diferentemente da maioria de seus companheiros, parecia animado com a convocação para a seleção brasileira e realizou duas grandes jogadas pela esquerda, proporcionando os gols de Edmílson e Deivid. Estava concretizada uma goleada que pouca gente viu. Na próxima rodada, dia 1.º de maio, o Santos enfrenta o Coritiba fora de casa. O Paysandu recebe o Fluminense. Confira a classificação, os resultados e a próxima rodada do Campeonato Brasileiro 2005.

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