Enquanto os médicos do São Caetano tentavam reanimar Serginho no gramado, os reservas da equipe, alguns jogadores do São Paulo e dirigentes que acompanhavam a partida ao lado do campo correram para acionar a ambulância do Hospital São Luiz estacionada na pista de atletismo, conforme exigência do Estatuto do Torcedor. Surpreendentemente, o veículo estava trancado e sem ninguém dentro. Alguns minutos se passaram até o motorista ser localizado e abrir a ambulância. Quando Serginho chegou, removido de maca do gramado, a ambulância já estava pronta para recebê-lo. O veículo era equipado de um desfibrilador, único dispositivo capaz de salvar um caso de parada cardiovascular elétrica ? a causa mais provável da morte do atleta. Numa situação como a de Serginho, cada minuto sem atendimento reduz drasticamente as chances de sobrevivênca, portanto especula-se que a ambulância poderia ter sido acionada antes e propiciado o uso do desfibrilador de forma mais imediata. Após a tragédia, o supervisor de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, defendeu a estrutura do Morumbi e o procedimento adotado pelos médicos. Segundo ele, todo o possível foi feito e Serginho recebeu o atendimento na ambulância dentro do menor tempo hábil. O ideal seria que um desfibrilador estivesse acessível ao lado do gramado e fosse usado em menos de cinco minutos, mas essa prática não nexiste nem no Brasil, nem na maioria dos jogos de futebol pelo mundo.