PUBLICIDADE

Serginho queria vencer, diz ex-treinador

Por Agencia Estado
Atualização:

As lembranças dos que conviveram com Serginho no início de sua carreira, é de um jogador versátil e determinado. O técnico José Angelo Ferreira, de 50 anos é considerado o responsável pela descoberta do atleta, numa "peneirada" realizada pelo Social em 1994. Naquele ano, o clube de Coronel Fabriciano estava montando um time profissional para disputar na temporada seguinte, a segunda divisão do Campeonato Mineiro. José Angelo ressalta que Serginho foi o único de um grupo de 18 jogadores de Vitória, no Espírito Santo, a passar no teste. Na época, lembra o treinador, o atleta, de 19 anos, cabeludo, que gostava de praticar surfe, costumava atuar como lateral esquerdo e volante, e só depois se firmou como zagueiro. Chegou a receber o apelido de Fernando Redondo, numa alusão ao jogador argentino. "Era uma pessoa equilibrada, determinada. Sempre dizia: ?eu vou vencer", recorda seu ex-treinador. "Ele escolheu o caminho certo da vida, poderia até ter se perdido, mas tinha uma cabeça muito boa." Em 1995, tendo Serginho como capitão da equipe, o Social sagrou-se campeão da segunda divisão do Mineiro, que na verdade correspondia à terceira divisão do campeonato. No ano seguinte, após uma passagem pelo Democrata de Governador Valadares, voltou ao Social e conquistou o Módulo B (segunda divisão) do Estadual. "A trajetória de Serginho comigo no clube sempre foi vitoriosa", observa José Angelo. Na mente de James Davidson, 30 anos, companheiro dele na época, ficou a lembrança de uma pessoa bastante alegre. "O Serginho era muito brincalhão. Sempre trabalhava duro mas estava constantemente feliz, rindo, de bem com a vida". Mas a imagem do zagueiro tombando no gramado do Morumbi também não saem de sua cabeça. "Não deu prá acreditar, eu ainda não consigo acreditar." Depois de ser emprestado para clubes de Minas e do interior de São Paulo, Serginho foi vendido em 1999 para o São Caetano. O presidente do Social, na ocasião, Adílio Coelho, lembra que o clube do ABC paulista pagou R$ 55 mil pelos direitos do jogador. Até hoje, esta é a maior transação da história do clube de Coronel Fabriciano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.