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Sérgio Corrêa é acusado de manipular escala de árbitros

Presidente da Coaf-RJ diz que chefe da Comissão de Arbitragem da CBF tira árbitros da Fifa em troca de favores

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Por Redação
Atualização:

O presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol do Rio de Janeiro (Coaf-RJ), Jorge Rabello, acusou o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF (CA-CBF), Sérgio Corrêa, de tirar árbitros do quadro da Fifa em troca de "boas escalações". De acordo com carta de Rabello, o árbitro Djalma Beltrami foi intimado a deixar o quadro da Fifa para poder apitar partidas com até 46 anos - o limite é 45 anos. Com a saída de Beltrami, a vaga seria entregue para outro profissional já "comprometido", segundo o presidente da Coaf-RJ. Sérgio Corrêa não se manifestou sobre o assunto. ÍNTEGRA DA CARTA ESCRITA POR SÉRGIO CORRÊA. O escudo da Fifa, que os árbitros tanto almejam, tem preço O que se pensava poder ser conquistado por qualidades técnicas, por mérito e pela excelência no desempenho de suas funções passou a ser objeto de negociação com estabelecimento de valor monetário para sua aquisição. Tal assertiva é fundamentada pelos fatos ocorridos quando da elaboração da relação de árbitros Fifa. A oferta, feita pelo presidente da CA-CBF para que o árbitro do Rio de Janeiro, Djalma Beltrami, cedesse sua vaga e seu escudo mediante compensação financeira, sendo prometido ao mesmo ficar em um quadro especial até 46 anos - quando o limite máximo é de 45 anos -, com muitas escalas garantidas (pensávamos que era sorteio) para compensar a perda do escudo da Fifa, torna muito robusta a hipótese e possibilidade de que essa vaga e esse escudo já estivessem prometidos a terceiros, também mediante compensação financeira, tamanha a desfaçatez e indignidade perpetradas diante da recusa de Beltrami em ceder à tão indecente proposta. Ignorando a posição do árbitro, da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e da própria Federação, prevaleceram outros interesses, sabe-se lá se além de normas éticas, e a vaga e escudo Fifa foram arrancados à força do Djalma Beltrami. Tal episódio torna o presidente da CA-CBF inimigo do futebol do Rio de Janeiro, o coloca sob extrema suspeita e deixa dúvidas quanto aos critérios e seriedade da CA-CBF.

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