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Sérgio fica no Palmeiras, mesmo na reserva

Por Agencia Estado
Atualização:

Sérgio está disposto a permanecer no Palmeiras em 2004, mesmo na reserva de Marcos. A revelação foi feita ontem à Agência Estado durante entrevista em sua casa. Mais do que o respeito que conquistou dos companheiros e da torcida, o goleiro elogiou a estrutura do clube. E garantiu que, aos 33 anos de idade, ainda segue sonhando com Seleção Brasileira. A seguir, trechos da entrevista. AE ? Você disse há dois meses que deixaria o Palmeiras em 2004 caso não fosse titular. Mantém essa posição? Sérgio ? Para sair daqui teria que receber uma boa proposta. E, no Brasil, todos os grandes clubes já tem grandes goleiros. Mesmo chateado por estar no banco, estou em um clube que oferece toda estrutura necessária e paga em dia. Mas é claro que, aos 33 anos, quero jogar. Sinto falta de maior valorização profissional. AE - Você iniciou a carreira conquistando os títulos paulistas em 1993 e 94 e o Brasileiro de 93. Dez anos depois, amarga a reserva do Marcos. Por que não manteve seqüência como titular? Sérgio - Em 94, houve um trabalho de bastidores feito pela comissão técnica (comandada por Vanderlei Luxemburgo) para que o Velloso voltasse ao time. Como eu era jovem e não tinha respaldo, fiquei quieto. Mas não guardo mágoa do Luxemburgo que anos depois me ensinou que além de humildade temos de ter personalidade. AE - Então em alguns momentos você não teve personalidade? Sérgio - Sim. Até 1998 abaixava a cabeça para tudo. Uma vez o Edmundo me disse que jogador bonzinho não vinga. Mas, depois de tanta pancada que tomei, aprendi a bater de frente. AE - Cheio de títulos e estabilizado financeiramente, o que falta na sua carreira? Sérgio - Uma convocação para a Seleção Brasileira. Fui cotado em 1993 e 94, e depois no ano 2000, quando o Leão era treinador. Continuo esperando uma lembrança mas sei que as chances são remotas. Infelizmente interesses pessoais pesam mais nas convocações do que a capacidade técnica dos jogadores. AE - Quais os melhores goleiros do Brasil? Sérgio - Rogério Ceni, Gomes e Marcos. AE - E você? Sérgio - Estou entre os melhores. AE - Por que você é tão respeitado pelos jogadores? Sérgio - Porque sou profissional e sempre faço as coisas certas. Mas hoje aprendi a atuar também como psicólogo. AE - Houve algo de errado que o incomodou durante a campanha do Palmeiras na Série B? Sérgio - De errado não, mas ajudei o Élson a ganhar confiança. Quando ele chegou, era muito marrento e não foi bem recebido por alguns jogadores por conta de comentários que havia feito, ironizando a queda do Palmeiras para a Segundona. Mostrei a ele que teria de correr muito para ganhar a posição sem ser traíra. Também ajudei a convencer o Adãozinho de que ele estava errado em pensar em abandonar a carreira. Quando menos esperasse, teria a chance de mostrar sua importância.

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